
Por Maria Santos
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) é composta por 70 parlamentares: 57 do sexo masculino e 13 do feminino. Pois hoje elas eram maioria no plenário. Pasmem! Com a saída das mensagens do governo do estado da pauta da Alerj, pelo menos por hora, o cenário é de calmaria. Sem a presença do presidente, André Ceciliano (PT), e da maioria dos parlamentares homens, os projetos discutidos e votados, na sessão plenária desta terça-feira (19/10), não levantaram muitas discussões.
Entre as votações de homenagens, como a Medalha Tiradentes e o Prêmio Abdias Nascimento, chamaram a atenção os projetos de lei: 4.573/21, do Delegado Carlos Augusto (PSD), que trata da punição às pessoas que burlarem o sistema de vacinação; o 4.196/21, da deputada Lucinha (PSDB), propõe a criação de um programa de capacitação para pessoas em situação de rua nas técnicas da agricultura urbana “Horta Acolhedora Urbana”, e o 3.925/2021, da deputada Mônica Francisco (PSOL), que estabelece uma data para combater a violência contra a mulher e o feminicídio no Calendário Oficial do Estado, durante a qual o governo do Estado seria obrigado a promover campanhas educativas e de conscientização para combater a prática abominável.
No entanto, cinco parlamentares, todos homens, apresentaram emendas que descaracterizaram este último Projeto, tornando-o autorizativo. Vale a reflexão, caros leitores do BAIXADA POLÍTICA, por que os deputados não querem aprovar uma lei para combater crimes contra a vida das mulheres, mesmo com os números absurdamente altos?
Geralmente, as mulheres são mais combativas nas pautas que dizem respeito às políticas contra às violências e às desigualdades contra o sexo feminino, hoje, porém, elas não só dominaram a pauta como também, ainda que em desvantagem numérica, eram a maioria presente no plenário.
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