Município mais antigo da Baixada Fluminense, Magé foi fundado por colonos portugueses em 9 junho de 1565, como povoado de Majepemirim. Em 1696, foi criada a freguesia e, em 1789, Magé se emancipou e foi elevada à condição de vila.
O nome do município é uma derivação de seu nome original “Magepe-mirim” cujo significado seria “pequeno lugar do pajé”.
Segundo o IBGE, tem uma população de 228.127 habitantes.
Faz divisa com Duque de Caxias, Guapimirim e Petrópolis.
Fundado em 1565, logo após a expulsão dos franceses da Baía de Guanabara, o povoado de Magé se tornou um dos primeiros núcleos coloniais estabelecidos no Brasil após o Descobrimento. Desde então, Magé teve papel fundamental no desenvolvimento econômico regional durante o Brasil Colônia e Império, destacando-se por sua importância portuária, agrícola e cultural. O município é conhecido por marcos históricos como abrigar a primeira estrada de ferro da América do Sul, além de preservar tradições e atrativos naturais que refletem sua rica herança histórica.
Período colonial: Antes da chegada dos portugueses, a região de Magé era habitada por indígenas tupinambás (também chamados tamoios). A colonização lusitana se intensificou a partir de meados do século XVI: em 1565, Mem de Sá concedeu uma sesmaria ao colonizador Simão da Mota, que estabeleceu moradia no Morro da Piedade, próximo à atual sede municipal. Anos depois, Simão da Mota e outros colonos, com mão de obra de inúmeros escravizados africanos, transferiram-se para a localidade de Magepe-Mirim, origem da atual cidade. Já na década de 1560, Magé abrigava um dos primeiros engenhos de açúcar do Rio de Janeiro (pertencente a Cristóvão de Barros, em 1567), indicando a fertilidade de suas terras e a vocação agrícola inicial da região.
Séculos XVII e XVIII: Ao longo dos séculos seguintes, Magé consolidou-se como importante porto e centro agrícola colonial. Sua localização às margens da Baía de Guanabara favorecia o escoamento de produtos: muitos navios negreiros atracavam no porto de Magé para desembarque de escravos africanos, e tropeiros transportavam mercadorias entre o interior e o Rio de Janeiro. O crescimento populacional e econômico levou à criação da Freguesia de Magé em 1696, estabelecendo uma paróquia local. Nas proximidades, desenvolveu-se também o povoado de Guia de Pacobaíba (originalmente chamado Porto da Estrela), que foi elevado a freguesia em 1755. A prosperidade agrícola, sustentada pela ampla utilização de mão de obra escravizada, fez de Magé uma das áreas mais produtivas do Recôncavo da Guanabara no final do período colonia. Esse progresso culminou em 9 de junho de 1789, quando Magé foi elevado à categoria de vila (município) e emancipado administrativamente, desmembrando-se de Santana de Macacu e incorporando territórios vizinhos, inclusive as ilhas de Paquetá.
Século XIX: Durante o Brasil Império, Magé manteve sua relevância econômica e política. Em 1810, Dom João VI criou o título nobiliárquico de Barão de Magé, elevado a Visconde em 1811, honraria concedida a um dos grandes proprietários locais da época. O município foi palco de um feito pioneiro na infraestrutura do país: a inauguração da primeira estrada de ferro do Brasil e da América do Sul. Em 30 de abril de 1854, Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, inaugurou a Estrada de Ferro Mauá ligando o Porto de Mauá (Guia de Pacobaíba, Magé) a Fragoso, na Serra, com a presença do imperador D. Pedro II. A estação de Guia de Pacobaíba em Magé, término dessa linha inicial de 14,5 km, tornou-se assim o marco inicial do transporte ferroviário no país. Poucos anos depois, em 1857, Magé foi elevado à condição de cidade pela província do Rio de Janeiro. No entanto, ao final do século XIX, as estruturas socioeconômicas locais seriam abaladas pela Abolição da Escravatura (1888): com a fuga e o êxodo dos ex-escravizados, vários engenhos e fazendas foram abandonados, precipitando uma grave crise econômica regional.
Século XX: A libertação dos escravos trouxe consequências duradouras para Magé. O abandono das lavouras e a falta de manejo do solo causaram o assoreamento de rios e extensas inundações nas planícies da Baixada, o que disseminou a malária e reduziu drasticamente a população na virada para o século XX. Esse período de estagnação econômica perdurou por algumas décadas. A partir de meados do século XX, entretanto, Magé voltou a crescer graças à sua localização estratégica entre a capital e a Região Serrana. Novas indústrias, notadamente têxteis, se instalaram no município, impulsionando a economia local e trazendo um novo surto de desenvolvimento urbano. O município se integrou cada vez mais à dinâmica metropolitana do Grande Rio, embora conservando características interioranas em algumas áreas. Em 21 de dezembro de 1990, uma reorganização administrativa reduziu o território mageense: o então distrito de Guapimirim se desmembrou de Magé e foi elevado a município autônomo, efetivado no início da década de 1990.
Prefeito: Renato Cozzolino (PP)
Vice-prefeito: Jamille Cozzolino (UB)
Endereço: Praça Dr. Nilo Peçanha, s/nº – Centro
Telefone: (21) 2633-2704
Site: https://mage.rj.gov.br/
Mesa Diretora
Vereadores com mandato
Endereço: R. Salma Repani, 114 – Vila Vitória
Telefone: (21) 3630-5615
Período | Prefeito |
1921 a 1925 | Coronel Pedro Valério da Silva (PRP) |
1925 a 1927 | Coronel Luiz Rodrigues Portela (PSN) |
1927 a 1928 | Coronel Manoel Pinto dos Reis (PSN) |
1928 a 1930 | Antenor Leitão (PSN) |
1930 a 1933 | Capitão José Ullmann (PRP) |
1933 a 1935 | Gilberto Huet Barcellar (PRP) |
1935 a 1936 | Horácio Trovão de Campos (PSN) |
1936 | Sérgio José do Amaral (PSN) |
1936 | José do Amaral (PST) |
1936 a 1938 | José Ullmann Júnior (PRP) |
1938 a 1939 | Waldemar de Assis Ribeiro (PRP) |
1939 | Benjamim Franklin Kingston (PRP) |
1939 a 1942 | Israel Jacob Averbach (PST) |
1942 a 1944 | Waldemar de Assis Ribeiro (PST) |
1944 | Marsyl Rosa de Lima (PRP) |
1944 a 1946 | Dr. Ivan Martins (PRP) |
1946 | Alberto Nascimento (PSB) |
1946 | Irineu Galdino da Costa (PSD) |
1946 a 1947 | Dr. Francisco Rondinelli (PSD) |
1947 | Waldemar Lima Teixeira (PSD) |
1947 a 1951 | José Ullmann Júnior (PSB) |
1951 a 1955 | Waldemar Lima Teixeira (PSD) |
1955 a 1959 | Olívio de Mattos |
1959 a 1963 | Waldemar Lima Teixeira (PSD) |
1963 a 1964 | José Barbosa Porto |
1964 a 1966 | Moacyr Pimentel |
1966 a 1967 | Comandante Lauro Guaranys Guimarães |
1967 a 1970 | Juberto de Miranda Telles |
1970 a 1971 | Walcy José do Amaral |
1971 a 1973 | Magid Repani |
1973 a 1976 | Juberto de Miranda Telles |
1976 a 1982 | Olívio de Mattos |
1983 a 1986 | Renato Cozzolino |
1986 a 1988 | Ademir Ullmann |
1989 a 1992 | Renato Cozzolino Sobrinho |
1993 a 1995 | Charles Cozzolino (PTB) |
1995 a 1996 | Ubiraci Pereira, Bira |
1996 | Charles Cozzolino (PTB) |
1997 a 2000 | Nelson do Posto (PL) |
2001 a 2004 | Narriman Zito (PSDB) |
2005 a 2008 | Narriman Zito (PSDB) |
2009 a 2010 | Núbia Cozzolino (PMDB) |
2010 a 2011 | Rozan Gomes da Silva (PSL) |
2011 | Anderson Cozzolino (PMDB) |
2011 a 2016 | Nestor Vidal (PMDB) |
2016 | Rafael Tubarão (PPS) |
2017 a 2020 | Rafael Tubarão (PPS) |
2021 a 2024 | Renato Cozzolino (PP) | 2025 | Renato Cozzolino (PP) |