Nova Iguaçu negocia com Light construção de piscinões para conter enchentes

Em busca de soluções para minimizar os impactos das fortes chuvas que atingem a cidade, a Prefeitura de Nova Iguaçu deu mais um passo para a construção de caixas de retardo, conhecidas como piscinões. O prefeito Dudu Reina recebeu, nessa sexta-feira (31), o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Adilson Faria, e representantes da Light para discutir a viabilidade do projeto.

O encontro aconteceu em um terreno da concessionária, localizado na Rua Coronel Bernardino de Melo, ao lado do Viaduto Dom Adriano Hipólito, no bairro da Luz, onde a Prefeitura pretende construir o primeiro reservatório. Também participaram da reunião a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira, e os secretários municipais de Infraestrutura, Paulo César de Souza, e de Agricultura e Meio Ambiente, Edgar Martins.

A construção dos piscinões é estudada pela Prefeitura há três anos, mas a obra não pode avançar sem a autorização da Light, que é proprietária do terreno. Para destravar o projeto, o município apresentou uma proposta ao corpo técnico da concessionária com o objetivo de alinhar interesses e chegar a um acordo.

“Precisamos que a Light autorize a construção dos piscinões. Por isso, fizemos uma reunião com o corpo técnico da concessionária para dar continuidade ao estudo de viabilidade feito pela PUC-RJ. Estas caixas de retardo serão fundamentais para que possamos amenizar os problemas causados pela chuva enquanto seguimos cobrando dos governos Estadual e Federal a execução do Projeto Iguaçu”, afirmou o prefeito Dudu Reina.

Foto: Renato Fonseca/PMNI

Como funcionam os piscinões

O plano da Prefeitura prevê a construção de seis caixas de retardo ao longo da Via Light, sendo a primeira delas ao lado do Viaduto Dom Adriano Hipólito. Segundo a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira, essas estruturas serão fundamentais para reduzir o impacto das chuvas.

“Nosso projeto prevê a construção de seis caixas de retardo, todas ao longo da Via Light. São áreas que vão receber uma grande quantidade de água, reduzindo o volume que chega ao Rio Botas. Com os piscinões, elas ficariam retidas para escoar pelo rio de forma gradativa, diminuindo sua elevação e, consequentemente, a possibilidade de transbordamento”, explicou Cleide.

Canalização do Rio Botas e o aguardado Projeto Iguaçu

Enquanto aguarda a liberação da Light e a execução do Projeto Iguaçu, a Prefeitura de Nova Iguaçu vem investindo em obras emergenciais para reduzir as enchentes. Uma das principais intervenções foi a canalização do Rio Botas, que incluiu o alargamento da calha de sete para 14 metros em um trecho de 1,2 km entre Ouro Preto e Comendador Soares, além do aumento da profundidade de 1,5m para 3m.

Para viabilizar a obra, a Prefeitura removeu quase 400 construções irregulares às margens do rio, reassentou 335 famílias e indenizou outras 61. A administração municipal também mantém a limpeza regular de rios, canais e bueiros.

Apesar dos avanços, a canalização do Rio Botas só terá a eficácia desejada com a execução do Projeto Iguaçu, um conjunto de obras estimado em R$ 1 bilhão que prevê a construção de barragens e reservatórios para evitar transbordamentos. O projeto abrangerá seis municípios da Baixada Fluminense, beneficiando cerca de três milhões de pessoas.

Agora, a Prefeitura segue cobrando apoio dos governos estadual e federal para tirar o projeto do papel e garantir mais segurança para os moradores de Nova Iguaçu.

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