Contratada pela Associação Rio Indústria, a pesquisa de intenção de votos realizada pelo Instituto IPEC traz dados interessantes para serem analisados na disputa por uma vaga no Senado Federal no Rio de Janeiro. Romário lidera em praticamente todos os cenários, menos quando a abordagem é relacionada ao apoio dos pré-candidatos à presidência Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Nesse caso, o deputado estadual André Ceciliano (PT) fica à frente do Baixinho com 40% contra 34%.
A pesquisa Ipec foi realizada entre os dias 19 e 22 de maio. Foram ouvidos 1.008 eleitores de 16 anos ou mais em 32 municípios do Rio de Janeiro. As entrevistas foram presenciais, e o índice de confiança da sondagem é de 95%. Os registros junto TSE são RJ07114/2022 e BR04025/2022.
Cenário 1
Mesmo já tendo declarado que não vai concorrer ao Senado, Cabo Daciolo (PDT) surpreende no primeiro cenário analisado pela pesquisa. Na pesquisa estimulada, quando os entrevistados recebem uma lista com nomes de possíveis pré-candidatos, o ex-presidenciável aparece com 10% das intenções de voto, em segundo lugar, tecnicamente empatado, dentro da margem de erro, com Alessandro Molon (PSB), Daniel Silveira (PTB), André Ceciliano (PT) e Luciana Boiteux (PSOL).
- Romário (PL): 29%
- Cabo Daciolo (PDT): 10%
- Alessandro Molon (PSB): 8%
- Daniel Silveira (PTB): 8%
- André Ceciliano (PT): 6%
- Luciana Boiteux (PSOL): 4%
- Branco/nulo: 24%
- Não sabe/não respondeu: 11%
Cenário 2
Quando os nomes testados foram apenas o do senador Romário; do presidente da Alerj, André Ceciliano; e da professora Luciana Boiteux, a pesquisa apontou um cenário mais favorável ao ex-jogador. Enquanto os adversários somavam apenas 18%, Romário chega a 39% das intenções de voto.
- Romário (PL): 39%
- André Ceciliano (PT): 11%
- Luciana Boiteux (PSOL): 7%
- Branco/nulo: 32%
- Não sabe/não respondeu: 11%
Cenário 3
Pela primeira vez testado em uma pesquisa, o apoio dos principais pré-candidatos a presidente deu ligeira vantagem ao candidato do PT. Com o apoio de Lula, Ceciliano chegaria a 40% das intenções de voto, enquanto Romário e Bolsonaro teriam 34%.
- André Ceciliano (PT), com apoio de Lula: 40%
- Romário (PL), com apoio de Bolsonaro: 34%
- Branco/nulo: 20%
- Não sabe/não respondeu: 5%
Pesquisa espontânea
No cenário em que os entrevistados não recebem uma lista com pré-candidatos, todos aparecem tecnicamente empatados, com vantagem numérica para Romário.
- Romário (PL): 3%
- Daniel Silveira (PTB): 2%
- Alessandro Molon (PSB): 1%
- André Ceciliano (PT): 1%
- Outros: 3%
- Branco/nulo: 20%
- Não sabe/não respondeu: 71%
Eleição aberta
Com apenas uma vaga disponível para o Senado, a disputa nos bastidores tem se intensificado e pesquisas como a do Instituto Ipec são o fio de esperança para candidaturas que ainda são vistas com desconfiança.
Do lado da esquerda, Ceciliano e Molon disputam a preferência do eleitorado. Com o recorte do apoio de presidenciáveis, o candidato do PT ganha fôlego na disputa. Por outro lado, Molon tem ao seu lado estar a frente nos demais cenários.
Na direita, Romário busca consolidar o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas enfrenta resistência dentro da família Bolsonaro, que em nenhum momento bateu o martelo em apoio a sua candidatura. Com isso, outros nomes vão ganhando força.
Apesar de não ser cogitado como o candidato da família Bolsonaro, Daniel Silveira conta com a simpatia do eleitorado do presidente e vem crescendo nas pesquisas.
Com 71% de indecisos apontados na pesquisa espontânea, não há como apontar favoritos na disputa pelo Senado no Rio. Romário larga na frente, mas vai precisar trabalhar bastante nos próximos meses para não ser considerado o cavalo paraguaio da disputa. Enquanto isso, seus adversários se apegam ao que dá para continuarem na disputa.
A tendência é que a disputa se afunile nos próximos meses. A conferir.
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