Lançamento oficial faz parte da programação Paixão de Ler, trazendo uma reflexão sobre a importância da capoeira no combate às desigualdades sociais brasileiras
A espera acabou. Após um período em que eventos presenciais tiveram que ser cancelados ou adaptados ao formato on-line, o lançamento oficial do livro “Identidade e memória da capoeira Angola nas ruas do Rio de Janeiro”, com presença de público, ocorre neste domingo (05/12), na arena Paixão de Ler, no estande da Secretaria Municipal de Cultura, reunindo nomes da literatura negra que tratam de identidades, representatividades e ancestralidade, às 14h, na programação da XX Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.
– Essa é uma oportunidade de expôr um livro em que narra uma história de resistência ao sistema colonial escravista no Rio de Janeiro, por meio da ginga e da luta negra combinadas nas rodas de capoeira. Além de valorizar a memória dos mestres da capoeira, que vai muito além da prática em si, mas também como forma de afirmar uma identidade numa sociedade onde as diferenças sociais ficaram mais evidentes neste período de pandemia – declara Charles Monteiro, autor do livro.
A Paixão de Ler, assim como a Bienal do Livro, vem democratizando o hábito da leitura, promovendo a literatura em todos os seus aspectos, e fortalecendo a educação como base primordial para o futuro da sociedade, através de maior inclusão social.
Jornalista e professor de capoeira angola, Charles Monteiro realiza sua primeira publicação, na 29° edição da Campanha Paixão de Ler, como resultado do trabalho de pós-graduação em Responsabilidade Social e Terceiro Setor, na UFRJ, por meio de pesquisas em livros e publicações históricas e especializadas, entrevistas realizadas com mestres da capoeira angola e observações de rodas na rua, incentivado pela professora Luiza Helena e orientado pela professora Laura Olivieri Carneiro. A obra pretende fazer parte do acervo acadêmico e histórico da cultura afro-brasileira, ao lado de outras de mesmo gênero.
Charles Monteiro de Oliveira é pós-graduado em Responsabilidade Social e Terceiro Setor na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e formado em Comunicação Social, habilitação em jornalismo, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha).
Iniciou a capoeira angola no Centro Ypiranga de Pastinha, com mestre Manoel, em 1998, em Campos Elíseos, Duque de Caxias, onde reside. Anos depois, começou a dar aulas para crianças e adolescentes na mesma comunidade em que mora e, também, no Complexo da Maré, sede do Centro Ypiranga.
Em 2013, passou a treinar com mestra Cris, no Grupo de Capoeira Angola Mocambo de Aruanda, onde é treinel. Atualmente, desenvolve estudos e trabalhos de assessoria de comunicação para ONGs e iniciativas sociais de base comunitária, tendo iniciado no Complexo da Maré, com trabalhos em Duque de Caxias e outros cantos pela cidade do Rio de Janeiro.
– Para quem já tem o livro, vai ser uma oportunidade de trazer suas percepções sobre o que leram. E para quem ainda não comprou, essa é a chance em um ambiente magnífico que é a Bienal – encerra o autor, com muitas expectativas.
Acompanhe o BRAVA nas redes sociais (Instagram, Youtube, Facebook, TikTok, X e LinkedIn).
Muito obrigado pela matéria!