O Rio de Janeiro encerrou 2024 com uma das maiores taxas médias de desocupação do Brasil, atingindo 9,3%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE. O índice coloca o estado atrás apenas da Bahia e de Pernambuco, que registraram 10,8% de desemprego no mesmo período.
Apesar da queda nacional no número de desocupados, que reduziu de 7,8% em 2023 para 6,6% em 2024 – o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012 –, o Rio de Janeiro segue com um dos piores desempenhos do país no mercado de trabalho.
Taxa de desocupação por unidades da federação – médias anuais de 2024

Além do alto índice de desocupação, a pesquisa aponta desafios relacionados à informalidade e à subutilização da mão de obra. A taxa média de informalidade no Brasil foi de 39% da população ocupada. No Rio, essa realidade se reflete na grande presença de trabalhadores sem carteira assinada e na dificuldade de acesso a empregos formais.
A renda média do trabalhador fluminense também chama atenção. O levantamento mostra que, enquanto o rendimento real médio no Brasil foi de R$ 3.225, no Rio (R$ 3.753) o valor ficou abaixo dos estados que lideram a lista, como Distrito Federal (R$ 5.043) e São Paulo (R$ 3.907).
Cenário nacional e a posição do Rio
Enquanto o Rio figura entre os estados com maior taxa de desemprego, outras regiões conseguiram alcançar números mais positivos. Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%) registraram as menores taxas médias de desocupação no país.
A pesquisa do IBGE também destaca que 14 estados registraram a menor taxa média de desocupação de suas séries históricas, incluindo São Paulo (6,2%) e Minas Gerais (5,0%). No entanto, o Rio de Janeiro não conseguiu repetir esse desempenho, permanecendo entre os estados com maior dificuldade na geração de empregos.
O estudo reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a ampliação de oportunidades de trabalho e para a recuperação da economia fluminense, que, apesar de sua relevância no cenário nacional, ainda enfrenta desafios estruturais no mercado de trabalho.
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