Prefeitura de Japeri inaugura Sala Lilás para atender mulheres vítimas de violência doméstica

“Quando uma mulher apanha, toda família se machuca”. Com esta frase a psicóloga do Programa Viva Japeri, da Secretaria Municipal de Saúde, define os constantes ataques vividos pelas mulheres, que são submetidas a agressões físicas e até levadas à morte na cidade e em todo o país. Por conta disso, a prefeitura inaugurou na sexta-feira (26/08), a Sala Lilás para acolhimento às vítimas de violência doméstica.

O novo espaço, na Policlínica Itália Franco (PIF), não foi escolhido por acaso. Ali é a porta de entrada de mulheres que chegam sozinhas ou acompanhadas de autoridades policiais após sofrerem algum tipo de violência. 

“Elas chegam aqui e muitas das vezes tentam esconder ou temem contar a verdade por estarem com o agressor ao lado”, conta a subsecretaria de Atenção à Saúde, Tatiana Soares da Silva.

Ela conta que ao chegarem, as vítimas irão passar pela classificação de risco e logo serão encaminhadas à sala Lilás, onde serão assistidas ao mesmo tempo por um médico e uma assistente social. Desta forma não precisará contar sua história mais de uma vez, evitando constrangimentos.

Para a secretária Municipal de Saúde, Ana Luiza Affonso, a integração entre os diversos órgãos é o que garantirá o sucesso das ações de proteção às vítimas de violência doméstica.  

“Este é mais um importante equipamento de acolhimento a essas mulheres, que contarão com uma rede de apoio nos diversos setores”, contou a secretária, lembrando que no ano passado a prefeitura inaugurou o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM).

Palestra

O evento, que teve palestra e testemunho de Rosana Louzada, que sobreviveu a ataques de ex-maridos, chamou a atenção da dona de casa N. M. da Silva, 48 anos, que há cinco meses conseguiu sair do ciclo de violência e será a primeira mulher a ser acolhida na Sala Lilá, que também acolherá os filhos caso estejam presentes.

“Meu ex-marido me batia constantemente. Sofria calada e não sabia que aqui em Japeri tinha um local onde eu pudesse pedir ajuda”, relatou N., que foi à PIF levar o filho autista para uma consulta.

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