Duas artistas visuais de Nova Iguaçu celebram a excelência da criação consciente no universo feminino na Galeria de Artes Fenig. Para celebrar o Mês da Mulher, o espaço gratuito recebe a exposição “Fale e não se cale! Arte que Denuncia”, de segunda à sexta-feira, de 9h às 16h30, na rua Governador Portela, 812, segundo andar, no Centro de Nova Iguaçu. As obras de Roberta Gomes e Kamila Mendes estarão em exposição, a partir desta quarta-feira (12) até o dia 14 de abril. A Galeria de Artes Fenig é um espaço da Prefeitura de Nova Iguaçu, através da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (FENIG), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.
“’Fale e Não se Cale! Arte que Denuncia’, é uma proposta artística de resistência e conscientização, onde a arte se torna uma poderosa ferramenta de denúncia contra a violência de gênero. Em um contexto alarmante, onde os índices de violência contra a mulher ainda são elevados, a iniciativa busca provocar reflexões e incentivar o diálogo sobre essa realidade por meio da expressão artística”, detalha Roberta Gomes, que explora a técnica mista e a colagem, aliadas à pintura acrílica, criando composições que mesclam texturas, cores e fragmentos visuais para dar voz às narrativas silenciadas. Roberta é graduada em História e coordena a Casa de Cultura Ney Alberto, em Nova Iguaçu. Ela já participou de diversas exposições no Brasil e no exterior.
“A luta contra a violência de gênero não deve se limitar apenas às esferas institucionais, mas também se expandir para o campo da educação e da cultura. A violência contra a mulher se manifesta de diversas formas: física, psicológica, simbólica e institucional. Muitas vezes, ela é invisibilizada, normalizada ou silenciada”, destaca sobre a exposição a artista Kamila Mendes, que utiliza o nome artístico de Kart. Ela é dedicada à arte figurativa, explorando a expressão de emoções e sensações através da forma humana em trabalho escultórico. Kamila participou de diversas exposições em Nova Iguaçu e outros locais, ampliando também a pesquisa artística.
A exposição apresenta 11 trabalhos, incluindo esculturas, pinturas e colagens, que denunciam essa opressão e convidam à reflexão sobre os mecanismos que a perpetuam. As obras não apenas evidenciam a dor e a luta das mulheres, mas também exaltam sua resistência e reafirmam a necessidade urgente de transformação social.
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