Floresta Nacional Mário Xavier: um tesouro de biodiversidade em Seropédica

O município de Seropédica abriga um verdadeiro tesouro natural, a Floresta Nacional Mário Xavier. Com mais de 493 hectares, a Unidade de Conservação da Natureza se destaca como um dos últimos refúgios de biodiversidade em uma região densamente povoada. Esta área preservada não apenas protege ecossistemas frágeis, mas também abriga espécies ameaçadas de extinção, como a rãzinha Physalaemus soaresi,  endêmica da região, o que significa que não é encontrada em nenhum outro lugar do planeta, e o peixe-anual Notholebias minimus, este último conhecido como “peixe-das-nuvens“.

Foto: Projeto DOTS in: GUEDES, T. S. 2020.

Uma história de conservação

A história da Floresta Nacional Mário Xavier remonta a 1945, quando foi inaugurada como o Horto Florestal de Santa Cruz pelo então presidente Getúlio Vargas. Inicialmente, era administrada pelo Ministério da Agricultura e tinha como objetivo principal realizar estudos e atividades práticas na área da silvicultura. Isso incluía a produção de mudas de árvores para auxiliar no reflorestamento de áreas desmatadas, além de seu uso em paisagismo e estudos científicos

Em 1954, o local foi renomeado como Estação Florestal de Experimentação de Santa Cruz e, em 1970, recebeu o nome de Estação Florestal de Experimentação Engenheiro Mário Xavier, em homenagem a um de seus principais colaboradores.

A transição para uma Unidade de Conservação da Natureza ocorreu em 1986, com o Decreto Federal Nº 93.369. Desde então, a Floresta Nacional Mário Xavier é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e tem como um de seus principais objetivos colaborar para o uso sustentável dos recursos naturais. 

Como uma Unidade de Conservação federal, desempenha um papel vital na preservação da biodiversidade do ameaçado bioma Mata Atlântica e na proteção dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do Rio Guandu.

Foto: Reprodução / Facebook / Programa de Extensão Guarda Compartilhada Flona Mário Xavier

Desafios e Conservação

Apesar de seu status como Unidade de Conservação, a Floresta Nacional Mário Xavier enfrenta desafios significativos. A área abriga o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), mas também é atravessada pelo Arco Metropolitano e pela Rodovia Presidente Dutra, além de estar próxima de outras importantes rodovias. Essa infraestrutura, embora seja essencial para a conectividade regional, cria um desafio para os gestores da FLONA, que buscam conciliar o desenvolvimento humano com a conservação da natureza.

Um espaço para pesquisa e educação

A FLONA Mário Xavier não é apenas um refúgio para a biodiversidade, mas também um centro de pesquisa e educação. Muitos cientistas e educadores têm explorado suas trilhas e paisagens deslumbrantes em busca de conhecimento e inspiração. Além disso, a floresta está aberta para visitantes que desejam experimentar sua beleza natural em primeira mão, promovendo a conscientização sobre a importância da conservação.

Foto: Reprodução / Facebook / Programa de Extensão Guarda Compartilhada Flona Mário Xavier

A Floresta Nacional Mário Xavier é um exemplo precioso da necessidade de equilibrar o desenvolvimento humano com a proteção da natureza. Sua história de transformação, de um Horto Florestal a uma Unidade de Conservação da Natureza, destaca a importância vital de preservar e restaurar os ecossistemas naturais para as futuras gerações. Ao visitar ou estudar esta floresta, os indivíduos têm a oportunidade de apreciar não apenas sua beleza, mas também de compreender a fragilidade e a riqueza da biodiversidade que ela abriga, contribuindo assim para sua proteção contínua.

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