Durante realização de audiência pública promovida pela Comissão de Prevenção ao Uso de drogas e Dependentes Químicos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada nesta quarta-feira (23), o presidente do colegiado, Danniel Librelon (REP) anunciou que o canal de atendimento para receber informações relacionadas ao uso de drogas está perto de ser implantado.
De acordo com o parlamentar, o serviço funcionará, de segunda a sexta-feira, por meio de um número 0800 e, aos fins de semana, as informações poderão ser enviadas via WhatsApp.
“Este canal foi proposto e aprovado através de um Projeto de Resolução ainda em nosso primeiro mandato. Foi autorizado pela presidência e agora estamos nos trâmites burocráticos na parte de aditamento de contrato com a operadora de telefonia”, explicou.
Ainda segundo Librelon, quando o serviço estiver em funcionamento, as denúncias serão recebidas pela Comissão, que ficará responsável por encaminhar aos órgãos competentes.
“Dependendo da demanda, vamos acionar o órgão responsável. Há casos em que será a Secretaria de Saúde e, em outros, a Assistência Social. Terá todo um protocolo que a Comissão irá acompanhar e também haverá transparência, por meio dos canais que criaremos nas redes sociais”, acrescentou.
Cartilha de prevenção à K9
O subsecretário de Cuidados Especiais, Guilherme Bussinger, apresentou a cartilha de prevenção à K9, que havia sido uma demanda apresentada na audiência pública anterior, realizada pela Comissão, em 31/05 deste ano.
“Esta cartilha, conforme prometido na audiência anterior, foi confeccionada pela Casa Civil e passou pelo crivo de diversos especialistas. Nós entendemos que a informação é a nossa principal arma. A droga afeta o que nós temos de mais valioso, que é a nossa vida”, destacou.
O deputado Librelon elogiou a iniciativa e explicou como será feita a distribuição do material. O presidente do colegiado demonstrou preocupação com a possibilidade da disseminação da K9 no Rio de Janeiro e utilizou como exemplo a rápida propagação ocorrida em zonas de drogadição, que são as conhecidas “cracolândias“, no estado de São Paulo.
“A cartilha é uma grande contribuição, porque chegou para nós a informação de que algumas pessoas, no Estado do Rio, já utilizaram a K9. É uma droga nova e ainda não se sabe de que forma atuar para combater e prevenir. A Comissão, em cooperação com a subsecretaria, irá fazer a confecção dessas cartilhas para distribuirmos em ações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Casa Civil e da própria Alerj”, complementou o parlamentar.
A audiência discutiu o avanço da cracolândia na cidade do Rio. A defensora pública Cristiane Xavier, do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e idealizadora do projeto Pop Rua Itinerante, realizou uma apresentação reforçando a importância das normas constitucionais existentes.
“Precisamos gerar independência e autonomia para essas pessoas. A drogadição não está só na rua, mas também dentro de casa com drogas lícitas”, avaliou.
A subsecretária de Prevenção à Dependência Química, Marileia de Paula, citou a importância do trabalho das comunidades terapêuticas no acolhimento e tratamento de dependentes químicos em apoio aos centros de acolhimento estatais.
“É preciso fortalecer as unidades de acolhimento. Temos parceiros importantes que são as comunidades terapêuticas e outras entidades que colaboram. A subsecretaria está buscando viabilizar a assinatura de uma parceria com essas instituições”, afirmou.
Também estiveram presentes: o deputado Otoni de Paula Pai (MDB); o superintendente terapêutico da Subsecretaria de Cuidados Especiais, Douglas Manassés; a integrante do Conselho Municipal Antidrogas do Rio de Janeiro (Comad-Rio), Luciana Bicalho e a coordenadora de abordagem social do município de Mesquita, Fabiana Cavalcanti.
Foto: Gabriel Amauricio/ divulgação
Anuncie no BRAVA!
Entre em contato pelo e-mail comercial@bravabaixada.com.br e peça um orçamento.
