Formado por nove pessoas, o Based In Bxd é a realização do sonho de duas moradoras de Nova Iguaçu. Elas fazem parte da mesma academia, se tornaram professoras e, juntas, decidiram colocar em prática a arte que aprendem e ensinam nas redes sociais. Investindo em vídeos mega produzidos, com coreografias próprias e muita personalidade, o grupo promove rifas, participa de festivais e espetáculos da modalidade TapDance.
São sete mulheres e dois homens. Todos cresceram com os pés dentro de um sapato chamado capezio e em cima de um tablado. Em sua maioria, são professores e, principalmente, amigos. Rebecca Pereira, a idealizadora e diretora do grupo, é a única que vive somente da dança. Os outros integrantes se dividem entre o sapateado, a faculdade e o trabalho.
Apesar de todas essas obrigações da vida adulta, toda sexta-feira o grupo ensaia na Allegro Academia de Artes, que fica no Centro de Nova Iguaçu. Larissa Muniz cresceu nesta academia e, após seu pedido, o dono cedeu o espaço para o grupo treinar.
“O Carlos sempre foi uma parceiro, um apoiador da arte, eu pedi somente para um ensaio, mas até hoje estamos aqui utilizando o espaço”, destaca Larissa.
Toda coreografia é montada pelos integrantes do grupo. Por serem amigos, Rebecca diz que é mais fácil, principalmente quando há necessidade de ajustes e novas propostas. Ainda sim, ela fica com a maior parte da estrutura das apresentações e dos vídeos que são publicados.

Planos para o futuro
Na lista de objetivos a serem alcançados pelo o Based in BXD, tem um que talvez seja incomum aqui no Brasil: parcerias com grandes marcas. Elas têm como referência o grupo americano Syncopated Ladies, que cria conteúdos para o Instagram e já acumula 147 mil seguidores.
“Eu tenho referência, um grupo gringo que cria conteúdos para as redes sociais, e a partir disso eles fazem outros trabalhos, fazem outras coisas que a gente não faz aqui”, destaca Rebecca.
Hoje os vídeos do grupo são produzidos por meio de ajuda financeira de familiares e com a realização de rifas.
Mas no caminho que desejam trilhar um desejo maior é dito por todos: mostrar à Baixada Fluminense esse estilo de dança ao qual poucos têm acesso. Segundo elas, o sapateado é um gênero muito elitizado e seletivo. Além do alto valor do sapato, uma sala adequada com tablados custa caro.
“A gente quer dar o sapateado para as pessoas que pertencem a ele. Essas pessoas do projeto social, essas pessoas da Baixada. O sapateado é nosso, só que a gente tem muito pouco acesso a ele. Poder democratizar isso é muito importante”, destaca Larissa.
Foto principal: @akaimperatriz / Instagram
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