G.R.E.S. Inocentes de Belford Roxo homenageia cultura capixaba no carnaval 2023

A Caçulinha da Baixada, G.R.E.S. Inocentes de Belford Roxo, fechará os desfiles da Série Ouro no Carnaval 2023. A escola está prevista para entrar na Marquês de Sapucaí às 2h30, do dia 19 de fevereiro. O enredo escolhido foi “Mulheres de Barro”, homenagem a uma história tradicional da cultura do Espírito Santo.

“As mulheres de barro guardam as linhas do passado nas mesmas mãos que moldam o futuro, são a identidade viva da região de Goiabeiras Velha, região de Vitória, capital do Espírito Santo. Donas de um saber que existe há mais de 400 anos, elas receberam das mãos das mulheres indígenas o poder ancestral da arte. As técnicas utilizadas na confecção de panelas de barro vindas dos povos Tupi-Guarani e Una foram passadas de geração a geração entre as tribos e inspiraram as paneleiras capixabas. Defendendo a importância dessa arte, o grupo lutou por espaço na sociedade e na cultura capixaba, e o saber das paneleiras hoje é reconhecido como patrimônio cultural imaterial. É com a força da ancestralidade feminina que farei história, mais uma vez, na Marquês de Sapucaí”.

Ficha técnica

  • Fundação: 1993
  • Presidente: Reginaldo Gomes
  • Enredo: “Mulheres de Barro”
  • Carnavalesco: Lucas Milato
  • Intérprete: Tem-Tem Sampaio
  • Rainha de Bateria: Malu Torres

Samba enredo

O samba deste ano é de autoria de Cláudio Russo, Júnior Fionda, Fadico, Lequinho, Hugo Bruno, Leandro Thomaz e Altamiro e promete levantar as arquibancadas. 

Eu preciso falar de um Brasil, ôô ôô
Que aprendi a moldar com as mãos, ôô ôô
Que me deu matéria prima
Pra compor além da rima
A senhora perfeição
Essa arte genuína
É herança feminina
Por talentos naturais
Tem o sopro de Tupã
Que conduz a artesã
Ao saber dos ancestrais

É no barreiro no Vale do Mulembá
Que a mão preta se encontra com o chão
Barro sagrado que veio de lá
Que ganha a forma de vida em transformação

É no fogo! É na fogueira!
Na panela ou na moringa
Que a velha paneleira
Vai batendo a muxinga
Face do conhecimento
Que partilha o saber
É feita de mãe para filha
Ensinar e aprender

Oh moça, isso é coisa de família
A esperança na argila
Modelando este país
Meu pranto é um cortejo que desfila
Em cada canto, a minha raiz
Em fevereiro, ou em janeiro ao sexto dia
Visto a suja fantasia
Pra erguer minha bandeira

Tambor de Congo
Cantar de quilombo
A resistência é a voz da paneleira

É na renda! É na palha!
O retrato de um Brasil
Feminino, Inocente
Que orgulho a mãe gentil
É na renda! É na palha
Que se veste uma nação
Pra ver a arte do barro ao barracão

https://www.youtube.com/watch?v=yoXEOmFChBk

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