Apenas quatro dos 13 prefeitos da Baixada Fluminense declararam apoio a um dos candidatos a presidente neste segundo turno. O cenário é curioso. Mesmo o presidente Jair Bolsonaro (PL) tendo vencido com mais de 55% dos votos válidos na região, não foi o bastante para garantir que os chefes do poder executivo municipais se sentissem confortáveis em anunciar publicamente o apoio.
Em Belford Roxo, Waguinho (UB) surpreendeu e anunciou na última semana o apoio a Lula (PT). Publicamente, foi o único a se manifestar neste sentido. Caso o petista vença, o prefeito passa a ser a maior liderança política da Baixada. Lembrando que o seu apoio ajudou a eleger a deputada federal e o estadual mais votados do Rio de Janeiro.
Do outro lado, Waguinho enfrenta um adversário peso pesado. O ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), assumiu o comando da campanha de Bolsonaro na Baixada. Na sexta-feira (14), organizou um grande ato na cidade, que é o maior colégio eleitoral da Baixada, onde reuniu nomes importantes da política em apoio ao presidente. No caso de reeleição do presidente, Washington sai bastante fortalecido. Além de ter grande influência no governo Cláudio Castro, de quem foi vice até metade da campanha, Reis ajudou a eleger os irmãos Rosenverg Reis (MDB) e Gutemberg Reis (MDB) com votações expressivas.
Correndo por fora, temos os correligionários de Bolsonaro. A prefeita de Paracambi, Lucimar Ferreira (PL) e o prefeito de São João de Meriti, Dr. João (PL), anunciaram publicamente apoio ao presidente neste segundo turno e têm feito campanha para sua reeleição. Também esperam ser beneficiados em uma possível vitória.
Neutros
Faltando duas semanas para a votação do segundo turno, os demais prefeitos seguem em cima do muro, preferindo uma neutralidade que não os prejudique nem com um nem com outro.
Um dos apoios mais cobiçados é o do prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa (PP). Segundo maior colégio eleitoral da Baixada Fluminense, o município reelegeu o prefeito em 2020 com uma alta taxa de aprovação e as equipes de campanha de Lula e Bolsonaro sabem disso. Porém, assim como no primeiro turno, Lisboa não dá indícios que vá para algum lado. No início do ano, chegou a garantir que não apoiaria Bolsonaro, então nos bastidores se cogitou um apoio a Lula, que não se concretizou.
O jogo eleitoral caminha para os momentos decisivos e o resultado do dia 30 de outubro será importante para entender melhor qual será a movimentação do tabuleiro nos próximos quatro anos. A conferir!
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