Partido Democrático Trabalhista (PDT)

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi fundado em 1979, com raízes no trabalhismo, socialismo democrático e social-democracia. Seu símbolo, o “punho e a rosa”, foi originalmente criado por Didier Motchane para o Partido Socialista Francês e adotado por outros movimentos de esquerda ao redor do mundo.

Em 1979, durante seu exílio em Lisboa, Portugal, Leonel Brizola, junto com socialistas e sociais-democratas ligados a Mário Soares, organizou o “Encontro dos Trabalhistas do Brasil com os Trabalhistas no Exílio”. Desse evento surgiu a Carta de Lisboa, um documento que estabelecia as bases programáticas para a restauração do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Com o retorno de Brizola ao Brasil após a anistia, ele se viu impedido de usar a sigla histórica do PTB, que foi concedida a um grupo liderado por Ivete Vargas. Isso levou à criação do PDT.

Na década de 1980, com o fim do bipartidarismo imposto pela ditadura, o PDT participou das primeiras eleições gerais diretas, exceto para os cargos de presidente e prefeitos de capitais. Em seu primeiro ano de existência, o partido tornou-se a terceira maior força política do Brasil, atrás apenas do PDS (antiga ARENA) e do PMDB. Nas eleições de 1982, o PDT se destacou ao eleger Leonel Brizola governador do Rio de Janeiro e Saturnino Braga senador, além de 24 deputados federais.

No cenário nacional, o partido posicionou-se como oposição ao governo do general João Figueiredo e foi uma das forças principais da campanha das Diretas Já!, que, apesar de não ter obtido sucesso imediato, ajudou a consolidar o movimento por eleições diretas para a presidência.

Durante a eleição presidencial indireta de 1985, o PDT apoiou Tancredo Neves, que venceu Paulo Maluf com o apoio da Frente Liberal. Com a morte de Tancredo, José Sarney, dissidente do PDS, assumiu a presidência, e o PDT passou a fazer oposição ao novo governo.

As eleições de 1990 marcaram o auge do PDT, com a vitória de três governadores: Leonel Brizola no Rio de Janeiro, Alceu Collares no Rio Grande do Sul e Albuíno Azeredo no Espírito Santo. Além disso, o partido elegeu 46 deputados federais, sua melhor performance até hoje.

Entretanto, a partir de 1994, o PDT começou a perder protagonismo nacional, cedendo espaço ao Partido dos Trabalhadores (PT) como principal força da esquerda. Na década de 2000, o partido passou a ser classificado como de médio porte, ocupando a sétima posição entre as maiores legendas do país.

Em 2002, o PDT integrou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com Miro Teixeira no Ministério das Comunicações. No entanto, em 2004, o partido rompeu com o governo, tornando-se novamente oposição.

A morte de Leonel Brizola em 2004 levantou dúvidas sobre o futuro do PDT, mas o partido manteve sua relevância nas eleições municipais do mesmo ano, continuando como força política significativa. Em 2006, o PDT voltou a integrar o governo de Lula, com Carlos Lupi assumindo o Ministério do Trabalho.

Em 2018, o PDT lançou Ciro Gomes à presidência, alcançando o terceiro lugar com mais de 13 milhões de votos.

Atualmente, o PDT figura entre os grandes partidos do Brasil. Durante o governo Jair Bolsonaro, o partido se posicionou como oposição, embora parte de seus deputados tenha votado de forma alinhada ao governo em diversas ocasiões. Em 2022, o partido lançou Ciro Gomes novamente como candidato à presidência, mas teve um resultado fraco, ficando na quarta colocação.

Informações

  • Nome: Partido Democrático Trabalhista
  • Sigla: PDT
  • Presidente Nacional: André Peixoto Figueiredo Lima (Presidente em Exercício) 
  • Endereço: SAFS, Q. 2, Lt. 3, Asa Sul – Brasília-DF
  • CEP: 70042-900
  • Telefones: (21) 3095-1200 / (61) 3224-0791
  • Endereço Internet: www.pdt.org.br
  • Email: secretarianacional@pdt.org.br

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