São João de Meriti

São João de Meriti conseguiu sua emancipação de Duque de Caxias em 21 de agosto de 1947.

O nome “Meriti” é oriundo do termo da língua tupi antiga meriti’yba, que significa “pé de buriti”, por meio da junção de meriti (buriti) e ‘yba (pé).

Segundo o IBGE, tem uma população de 440.962 habitantes.

Faz divisa com Belford RoxoDuque de CaxiasMesquitaNilópolis, e Rio de Janeiro.

História

Sua história remonta à primeira comunidade chamada Trairaponga, onde a Igreja de São João Batista de Trairaponga foi construída. A igreja, porém, entrou em ruínas com o tempo, levando à construção de uma pequena capela mais próxima ao rio Miriti. Esse evento marcou a mudança do nome da região para Freguesia de São João de Meriti.

Na segunda metade do século XVII, foi erguida a Igreja de São João Batista de Meriti, no local onde hoje se encontra a Igreja de Santa Terezinha, no Parque Lafaiete, em Duque de Caxias. A região cortada pelos rios Sarapuí, Meriti e Pavuna, anteriormente conhecida como Freguesia de Meriti, foi um importante centro agrícola nos séculos XVII e XVIII, destacando-se na produção de milho, mandioca, feijão e açúcar.

Ao longo do tempo, São João de Meriti passou por transformações políticas. Em 1833, a Vila Merity foi incorporada à Vila de Iguassu e depois a Maxabomba, atual Nova Iguaçu. No ano de 1947, o município de São João de Meriti foi criado, após ter sido uma das freguesias mais antigas de Nova Iguaçu, junto com outras como Vila da Estrela, Vila Inhomirim, Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora da Conceição do Marapicu e Santo Antônio de Jacutinga.

A região experimentou um período de relevância econômica durante o século XVIII, com portos responsáveis pelo escoamento da produção agrícola e pela recepção de produtos importados. As localidades de Pavuna e Meriti também funcionavam como acessos fundamentais para a Baixada, tanto por suas vias fluviais quanto por suas rotas terrestres.

O rio Miriti, de grande importância para o desenvolvimento local, perdeu sua navegabilidade no século XIX, marcando um período de declínio para toda a região. No início do século XX, a expansão da estrada de ferro desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da área, sendo utilizada para o transporte dos tubos d’água que construíram a adutora ligando a represa Rio D’Oro à cidade do Rio de Janeiro. Pequenas chácaras produtoras de frutas e hortaliças também surgiram nesse período, abastecendo a capital.

Os anos 30 e 40 do século XX foram marcados por migrações populacionais significativas de diferentes partes do Brasil. O boom populacional começou na década de 40, e o município de São João de Meriti passou a abrigar cada vez mais habitantes. Em 1960, a população era de 191.734 pessoas, e em 2000, atingiu 450.000 habitantes, um crescimento muito além dos padrões normais. Hoje, segundo o Censo do IBGE de 2022, possui 440.962 habitantes.

Esse crescimento acelerado trouxe desafios sérios em termos de planejamento urbano e aplicação de políticas públicas. A falta de infraestrutura adequada, recursos limitados e políticas populistas complicaram a situação. O desenvolvimento  contrastava com a capacidade limitada de fornecer saneamento, asfaltamento, serviços de saúde, educação e habitação.

Em meados do século XX, o município enfrentou instabilidade políticas, com episódios de disputas por legitimidade entre prefeitos interinos. O cenário só foi resolvido com a intervenção da Assembleia Legislativa.

São João de Meriti também testemunhou uma onda de imigrantes, incluindo portugueses, italianos, judeus, sírios e libaneses. Famílias notáveis como Sendas, Valadão, Rasuck, Benedito Amaro, Telles de Menezes e Paulucci tiveram papel relevante na vida social, empresarial e política da cidade.

Hoje, o município ainda luta para mudar a imagem de cidade-dormitório. Sua história é uma narrativa de mudanças, desafios e crescimento populacional exponencial, influenciada por migrações, política e transformações socioeconômicas.

Histórias Meriti

Gente Nossa

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Poder Público

Prefeitos

PeríodoPrefeito
1947Aníbal Viriato de Azevedo
1947 a 1951José dos Campos Manhães
1951Plácido de Figueiredo
1952Oswaldo Marcondes de Medeiros
1952Alberto Rocha Possa
1952Miguel Archanjo de Medeiros (UDN)
1952 a 1955Elpídio Estevão Salles
1955Miguel Archanjo de Medeiros
1955Waldemiro Proença Ribeiro
1955 a 1959Domingos Corrêa da Costa
1959 a 1963Ário Woltz Theodoro
1963 a 1967Domingos Corrêa da Costa
1967 a 1968José de Amorim Pereira
1968 a 1970Alzira dos Santos da Silva
1970José de Amorim Pereira (Arena)
1970 a 1971João Batista Barreto Lubanco (Arena)
1971 a 1973Alayr Moreira Dias (MDB)
1973 a 1977Denoziro Afonso (MDB)
1977Juary Silva
1977 a 1982Celestino dos Santos Cabra
1982 a 1983Ramiro Martins Lucas
1983Manoel Valência Opasso (PDT)
1983José Cláudio da Silva (PDT)
1984Manoel Valência Opasso (PDT)
1984 a 1989José Cláudio da Silva (PDT)
1989 a 1993José de Amorim Pereira (PL)
1993 a 1996Adilmar Arcêncio dos Santos (PMDB)
1996Jonas Peixoto da Silva (PTdoB)
1997 a 2000Antônio Pereira Alves de Carvalho (PFL)
2001 a 2004Antônio Pereira Alves de Carvalho (PMDB)
2005 a 2008Uzias Mocotó (PMDB)
2009 a 2012Sandro Matos (PR)
2013 a 2016Sandro Matos (PDT)
2017 a 2020Dr. João (PR/DEM)
2021 a 2024Dr. João (DEM)
2025Léo Vieira (REP)
Dados Demográficos
habitantes (2022)
0
km² de área
0
PIB per capita (2019)
R$ 0
Eleitores aptos (set/2022)
0
Religião Predominante (2010)
Evangélica - 163.005 habitantes
Católica - 167.809 habitantes
Espírita - 11.940 habitantes