A guerra política que se instalou em Belford Roxo ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (05/12), durante a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), na Câmara Municipal. Vereadores de oposição ao prefeito Waguinho (REP) registraram um boletim de ocorrência contra o presidente da Casa Legislativa, Armandinho Penélis (MDB), após mais uma confusão, que dessa vez teve violação ao regimento, luzes apagadas e, segundo alguns vereadores, tiros do lado de fora.
Tudo começou quando a oposição conseguiu uma decisão judicial favorável para que o projeto fosse colocado em pauta e pressionou pela votação da emenda que diminuía de 40% para 5% a verba que pode ser alterada sem autorização do legislativo. O presidente da Câmara ignorou a emenda e aprovou o orçamento da cidade para o próximo ano mesmo com três votos a menos, violando o artigo 66 do regimento, em seguida abandonou o plenário.
Enquanto os vereadores discursavam contra a decisão arbitrária do presidente, houve um apagão no plenário. Segundo alguns vereadores, tiros foram ouvidos do lado de fora da Casa Legislativa.
“O Presidente vem cometendo uma série de irregularidades na condução da Câmara, mas dessa vez passou de todos os limites e tentou favorecer o Poder Executivo, descumprindo uma decisão judicial que existia para votar a emenda apresentada pelos Vereadores do Bloco Independente”, disse o vereador Rodrigo Canella em suas redes sociais.
Na saída, os vereadores se dirigiram à delegacia e registraram o Boletim de Ocorrência contra Armandinho Penelis.

Câmara fechada
A sessão da Câmara prevista para a manhã desta quarta-feira (06) foi suspensa pelo presidente com a alegação de falta d’água. O grupo de 13 vereadores independentes mostrou que a Casa Legislativa não estava sem água e manteve os trabalhos comandados pelo primeiro secretário, o que é permitido pelo regimento da Casa. Um dos pontos analisados foi o afastamento de Armandinho Penelis do comando da Câmara e a anulação da votação desta terça (05).
“A gente achou arbitrário, ele está tirando o nosso direito de voto, ele não estava respeitando o direito de voto dos vereadores do próprio partido”, explicou o líder do MDB na Câmara.
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