O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) aprovou o tombamento provisório do Terreiro da Gomeia, em Duque de Caxias, que passa a constar na lista de bens culturais e históricos do Estado do Rio de Janeiro. Com isso, o espaço localizado no bairro de Vila Leopoldina terá suas características preservadas, conforme a ocupação dada pelo sacerdote Joãozinho da Gomeia (1914-1971), importante líder religioso do candomblé.
O tombamento foi comemorado por Mãe Seci Caxi, herdeira religiosa do sacerdote, nascido no interior da Bahia. A descendente planeja agora criar um memorial em homenagem a Joãozinho da Gomeia no terreno, localizado na Rua Prefeito Braulino de Matos Reis, 360. O projeto prevê a criação de um espaço de convivência, com recuperação ambiental e estrutura para eventos e cursos, voltados para a comunidade em geral.
“Luto há quase 20 anos por esse tombamento, que ganhou força com apoios que recebemos de diversas partes. Fico muito feliz porque o tombamento dará condições de restaurarmos a casa e construirmos o memorial”, conta Mãe Seci Caxi, que busca recursos públicos para o projeto.
O diretor do Inepac, Cláudio Elias, ressaltou que o Instituto atende a um anseio de seguidores e estudiosos e se ampara nos aspectos técnicos que justificaram a medida.
“O Terreiro da Gomeia é um símbolo do patrimônio cultural do Estado do Rio de Janeiro, situado no município de Duque de Caxias. Lugar que se modernizou, virou polo industrial, mas ainda preserva raízes históricas que foram fincadas ao longo do seu processo de ocupação e que precisamos salvaguardar”, afirma Cláudio Elias.
A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, também destacou a contribuição cultural que o tombamento vai proporcionar.
“Esperamos que a preservação enseje uma ocupação para o espaço que faça jus à sua importância histórica e cultural”, afirma a secretária.
Terreiro da Gomeia no Brava Baixada
Em abril, o BAIXADA POLÍTICA lançou o documentário Brava Baixada sobre a história da Baixada Fluminense contada por historiadores da região. E, claro, o Terreiro da Gomeia não poderia ter ficado de fora.
A historiadora Tânia Amaro falou sobre a importância do Joãozinho da Gomeia para Duque de Caxias e para a Baixada.
“O nome do seu João da Gomeia, até os nossos dias, é uma referência para a cultura e patrimônio afro-brasileiro”, destacou.
Assista ao documentário completo em nosso canal do Youtube.
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