A Baixada Fluminense começa a se firmar como um polo emergente da economia criativa no estado do Rio de Janeiro. Dados do Mapeamento da Indústria Criativa 2025, divulgados pela Firjan, mostram que a região abriga quase 6 mil profissionais atuando em setores como tecnologia, design, moda, audiovisual e cultura. Duque de Caxias lidera o ranking na Baixada, com 2.566 trabalhadores criativos, seguido por Nova Iguaçu, com aproximadamente mil profissionais na área.
Embora o município do Rio de Janeiro ainda concentre 75% dos empregos criativos do estado, número que confirma sua posição dominante, o avanço da Baixada revela um movimento de interiorização da economia criativa. De acordo com o levantamento, a indústria criativa respondeu por 5,2% do PIB estadual em 2023, somando R$ 46 bilhões e representando quase 12% do PIB criativo nacional.
“A mudança estrutural vista na economia brasileira, resulta do fortalecimento contínuo do mercado criativo, monitorado desde 2008 pelo Mapeamento. Nesse mercado, inovação, propriedade intelectual e valor da criatividade são pilares da expansão. A pandemia acelerou a digitalização e a adoção de novas tecnologias, impulsionando ainda mais o setor”, explica Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e coordenadora do estudo.

O setor de tecnologia lidera o número de empregos criativos no estado, com 45% das vagas, seguido pela área de consumo (39,8%), que abrange design, arquitetura, moda e publicidade. No entanto, o maior crescimento percentual entre 2022 e 2023 foi registrado nas áreas de cultura (9,4%) e tecnologia (8%), acima da média nacional.
Além da Baixada, municípios como Macaé e Niterói também ganharam destaque. Macaé, impulsionada pelo setor de óleo e gás, tem 5% dos seus empregos vinculados à economia criativa, bem acima da média estadual de 2,9%.
Segundo a Firjan, o estado do Rio conta atualmente com 124 mil trabalhadores formais na indústria criativa, o segundo maior contingente do país. Para Luiz Césio Caetano, presidente da federação, “o Rio de Janeiro reafirma sua vocação histórica para a cultura e a inovação, mas também avança como um polo econômico dinâmico que agrega valor e tecnologia à economia”.
O estudo completo está disponível no Observatório da Indústria da Firjan, onde é possível acessar dados detalhados por município e setor. A plataforma permite comparar realidades distintas e mapear o potencial criativo de diferentes regiões brasileiras.
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