Fundado em 9 de maio de 1920, o Mesquita Futebol Clube chega ao seu 105º aniversário como símbolo de resistência do esporte na Baixada Fluminense. Carinhosamente apelidado de “Tubarão da Baixada”, o clube carrega em sua trajetória uma rica história de superações, acessos e memórias afetivas com a comunidade local, antes mesmo da emancipação do município, que só veio a ocorrer em 1999, quando Mesquita se separou oficialmente de Nova Iguaçu.
O presidente do clube, Angelo Benachio, em entrevista ao BRAVA BAIXADA, resumiu o sentimento de liderar o time neste momento especial: “É um prazer inenarrável estar na presidência do Mesquita Futebol Clube no ano em que o clube completa seus 105 anos. Um sonho que se tornou realidade”.

Da fundação às grandes batalhas
A história do Mesquita é marcada por conquistas significativas, como o título invicto da terceira divisão do Campeonato Estadual em 1981 e os acessos históricos à elite do futebol carioca. O primeiro grande salto veio em 1985, quando o time conquistou o vice-campeonato da segunda divisão, garantindo vaga na Série A do Estadual.

Em 1986, o clube estreou oficialmente contra os gigantes do futebol do Rio de Janeiro – Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, América e Bangu. Naquele ano, o time fez história ao vencer o Botafogo por 1 a 0. Foram quatro participações no total na primeira divisão estadual, sendo a última em 2009.
Glórias, rebaixamentos e recomeços
Depois de dois anos entre os grandes (1986-87), o Mesquita foi rebaixado. Voltaria a subir em 2007, após nova campanha de destaque com um elenco formado por jovens entre 17 e 22 anos. Em 2008, a equipe retornou à elite, permanecendo até 2009, quando foi novamente rebaixada após uma sequência de derrotas na Taça Rio.

Apesar das quedas e dificuldades, o clube se manteve vivo no cenário do futebol fluminense, participando das divisões de acesso e mantendo vivo o sonho de um novo retorno ao topo.
O presente e o futuro do Tubarão
Atualmente, o clube se prepara para novas competições com elenco renovado e sob o comando do técnico Micael.
“Estamos todos imbuídos no objetivo de conseguir o acesso. Podem esperar um Mesquita aguerrido e determinado”, garante o presidente.
A principal dificuldade, segundo ele, está na falta de patrocínios.
“É uma busca incessante. Seria ótimo se empresas se interessassem em investir não só no Mesquita, mas nos clubes da Baixada como um todo”, explica.

Entre os projetos para o futuro estão o fortalecimento das categorias de base, a modernização do Estádio Nielsen Louzadão, conhecido como Louzadão, e a criação de escolinhas e modalidades esportivas diversas. Já há, inclusive, uma equipe de futebol americano: os Mesquita Titans.
“Queremos que o Mesquita seja mais do que um time de futebol: um espaço de oportunidades para crianças, jovens e adultos da nossa cidade”, afirma o presidente.
Um chamado à torcida
Aos torcedores, a mensagem é de esperança e reconstrução.
“É fundamental que a torcida esteja presente. Seja nos jogos, no dia a dia do clube, apoiando ou mesmo criticando de forma construtiva. O Mesquita pode voltar a dias melhores”, destaca Angelo.Com 105 anos de história, o Mesquita Futebol Clube segue vivo no coração da Baixada. E como todo bom tubarão, nunca para de nadar.
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