Cresce número de Roubos de Rua na Baixada Fluminense

Os números de roubos de rua na Baixada Fluminense apresentaram uma alta de 10,9% no acumulado de janeiro a outubro de 2024, totalizando 13.267 registros. Apesar de ser uma tendência que reflete o aumento estadual de 13,1%, os dados evidenciam um problema persistente de segurança pública na região, que continua sendo uma das mais afetadas por esse tipo de crime no estado.

A Baixada no contexto estadual

Os roubos de rua incluem assaltos a pedestres, celulares e pequenos pertences em espaços públicos. Embora a capital concentre o maior número de ocorrências (31.255), a Baixada Fluminense se mantém como a segunda região mais impactada, reforçando sua vulnerabilidade diante da criminalidade.

O crescimento observado na Baixada ocorre após uma queda registrada no ano anterior, o que demonstra uma retomada preocupante desse tipo de delito. Os dados revelam que a violência contra o patrimônio continua avançando mesmo com a redução de outros índices criminais, como homicídios e letalidade violenta.

Os municípios mais afetados

Dentro da Baixada, municípios como Nova Iguaçu e Belford Roxo se destacam com altos índices de roubos de rua. Em Nova Iguaçu, os casos subiram 25,9%, atingindo 5.257 registros, um dos maiores números absolutos do estado. Já Belford Roxo apresentou um aumento expressivo de 30,7%, totalizando 2.079 ocorrências.

Esses números indicam que o problema não está restrito às grandes cidades da região, mas atinge também municípios menores, muitas vezes sem a infraestrutura de segurança pública necessária para lidar com esse tipo de crime.

Fatores que impulsionam o aumento

O crescimento dos roubos de rua na Baixada Fluminense pode ser atribuído a vários fatores, incluindo falta de policiamento ostensivo, concentração de transporte público e mercado de revenda de bens roubados.

Impactos no cotidiano

Além de prejudicar a sensação de segurança, o aumento dos roubos de rua impacta diretamente o cotidiano da população da Baixada. Trabalhadores, estudantes e comerciantes convivem com o medo de serem assaltados, especialmente em horários de pico ou em locais mal iluminados.

A insegurança também afeta a economia local, uma vez que muitos moradores evitam frequentar áreas comerciais ou utilizar transporte público, reduzindo o movimento no comércio e dificultando o acesso a serviços.

A ausência de medidas concretas

Embora o relatório do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) destaque a gravidade do problema, não há menção a políticas públicas específicas voltadas para a redução dos roubos de rua na Baixada. Medidas como o aumento do patrulhamento em locais estratégicos, o uso de tecnologia para monitoramento e a repressão ao mercado de produtos roubados são ações que poderiam ajudar a conter o avanço desses crimes.

Além disso, é fundamental que o poder público invista em ações de inteligência para identificar e desarticular quadrilhas que atuam na região, evitando que os roubos sejam tratados apenas de forma reativa.

Com milhares de pessoas afetadas anualmente, a região precisa de medidas urgentes para proteger seus cidadãos e recuperar a confiança na segurança urbana.

Fonte: Crime no Rio [livro eletrônico]: dados oficiais e análises, vol. 6 / Silvia Ramos…[et al.]; editor Wellerson Soares. – Rio de Janeiro : CESeC, 2024.

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