Governo proíbe aulas presenciais em municípios com alto risco de contaminação pela covid-19

A Secretaria Estadual de Educação (Seeduc-RJ) proibiu as aulas presenciais em escolas da rede pública estadual de ensino em municípios sob a bandeira vermelha ou roxa de classificação de risco quanto à contaminação pela covid-19. Com relação às escolas da rede privada, o funcionamento seguirá as normativas do respectivo município.

– O uso de transporte público e a circulação em locais de grande concentração são comuns aos estudantes da rede pública. Por isso, em bandeira roxa ou vermelha, os estudantes só comparecerão à unidade escolar para buscar material impresso, receber kit alimentar ou solicitar documentos. Em relação à rede particular, é a Vigilância Sanitária municipal que tem que fiscalizar e acompanhar as normas, que irão variar de acordo com a cidade – justificou a representante da Seeduc-RJ, Dulce Galindo.

A promotora Renata Carbonel, do Ministério Público Estadual; e o presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Flávio Serafini (PSOL), acham que a medida é demissionária e coloca um peso muito grande nos municípios.

Já o Vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinepe-RJ), Luiz Mansur garantiu cooperatividade no combate à pandemia: “As escolas particulares cumprem os decretos dos municípios, atendendo aos protocolos e às exigências da Vigilância Sanitária. Ocorrendo algum caso de contaminação, este é comunicado imediatamente à Vigilância. Ter os filhos frequentando aulas presenciais é facultativo aos pais. Ainda assim, a maioria dos municípios não autoriza o ensino presencial, poucas escolas estão funcionando”, informou.

Diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), Hermano Castro apresentou dados que revelam o risco de contágio advindo da abertura de escolas.

– Fizemos uma pesquisa com professores do ensino fundamental. Em 2020, no primeiro semestre, quando as escolas estavam fechadas, registramos 137 mortes. Esse número sobe para 178 com a abertura, no segundo semestre. Em janeiro e fevereiro de 2021, registramos 83 mortes de professores do ensino fundamental. Neste mesmo período, em 2020, quando o coronavírus ainda não havia se disseminado, foram 42 mortes, praticamente a metade – destacou.

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