O Partido Liberal (PL) foi fundado em 25 de junho de 1985, no Rio de Janeiro, pelo então deputado federal Álvaro Valle. É representado nas urnas pelo número 22.
O PL propunha a realização de eleições diretas em dois turnos; defendia o fortalecimento da empresa privada; reconhecia o direito à propriedade; pleiteava a reforma tributária e judiciária; condenava o fisiologismo e a censura social ou política; e pedia restabelecimento das relações diplomáticas com todos os países.
O diretório nacional provisório do PL era integrado pelo deputado Álvaro Valle; pelo deputado federal Ruy Codo, de São Paulo; e pelo deputado estadual Herculano Carneiro, do Rio de Janeiro. Ainda em 1985, dez estados receberam o diretório do PL: Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Piauí, São Paulo, Paraná e Goiás.
O novo partido se propôs apoiar o governo do presidente José Sarney (1985-1990), ressaltando que não abriria mão de criticar o governo.
Um mês após sua criação, o PL apresentou Álvaro Valle como candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, chegando em quinto lugar na disputa, com cerca de 180 mil votos, correspondentes a 8% dos votos válidos.
Em 1986, nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, o PL elegeu seis deputados federais, todos da região Sudeste, aumentando sua bancada para oito deputados com a chegada de Flávio Rocha (eleito pelo PFL do Rio Grande do Norte) e Simão Sessim (eleito pelo Rio de Janeiro). O partido elegeu também 26 deputados estaduais em todo o país.
Em 1987, ano em que foram realizadas as eleições para as primeiras executivas regionais, o PL apresentou sua maior taxa de crescimento. A maioria dos deputados que migrou para o partido era oriunda do PFL e do PDS.
Mais uma vez, em 1988, o PL lança Álvaro Valle candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, sendo derrotado por Marcelo Alencar, candidato pedetista.
Nas eleições presidenciais de 1989, o PL lançou Guilherme Afif Domingues. O candidato enfrentou problemas com a ascensão de Lula, tendo seus principais colaboradores e financiadores de campanha apoiando a candidatura de Fernando Collor, único candidato de perfil de centro-direita com possibilidade de disputar o segundo turno com Brizola ou Lula.
Saltando para os primeiros anos do século 21, o desempenho do PL colheu seus melhores frutos nas eleições municipais de 2000. Foram 234 prefeitos eleitos. No Rio, tendo o deputado federal Bispo Rodrigues, da Igreja Universal do Reino de Deus, presidindo o partido, apoiou a candidatura vitoriosa de Cesar Maia, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e indicou Marco Antônio Valle para o cargo de vice-prefeito. Ainda em 2000, o PL elegeu 2.887 vereadores em todo o Brasil.
As eleições de 2002 foram um marco na história do partido. Neste pleito, o PL se aliou ao PT nas eleições presidenciais e indicou o candidato a vice-presidente pela aliança: José Alencar. Juntos, Lula e Alencar derrotaram o candidato do PSDB, José Serra, no segundo turno.
Ainda em 2002, elegeu dois senadores: os pastores evangélicos Magno Malta (ES) e Marcelo Crivella (RJ), além de 26 deputados federais. Um crescimento de aproximadamente 117% em relação à eleição anterior (1998), contando ainda com a eleição de 61 deputados estaduais, sendo a maioria das regiões Nordeste (30%), Norte (28%) e Sudeste (25%).
Em fevereiro de 2003, estimulados pela cláusula de barreira de 5% dos votos válidos, o Partido Social Trabalhista (PST) e o Partido Geral dos Trabalhadores (PGT) se incorporam ao PL.
Mais uma vez, agora em 2004, cresce o número de prefeitos eleitos pelo partido, passando dos 234, em 2002, para 383. As regiões Nordeste e Sudeste foram as responsáveis pelos melhores resultados naquela eleição municipal.
No Rio de Janeiro, o PL lançou o senador Crivella como candidato a prefeito. Ele acabou ficando em segundo lugar. Em 2005, Crivella deixou o partido e fundou o Partido Republicano Brasileiro (PRB) com outros políticos.
Em outubro de 2006, fundiu-se com Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) para atingir a cláusula de barreira de 5% dos votos válidos, dando origem ao Partido da República (PR). Na eleição para o Governo do Rio daquele ano, eles apoiaram, juntamente com outros oito partidos, a candidatura de Sérgio Cabral, do PMDB. A legenda acabou elegendo 35 deputados estaduais.
Em 2015, por unanimidade, o partido voltou às origens, passando a se chamar Partido Liberal e a adotar a sigla PL novamente.
Informações
- Nome: Partido Liberal
- Sigla: PL
- Presidente Nacional: Valdemar Costa Neto
- Endereço: SHS, Quadra 6, Conjunto A, Bloco A, Sala 903.
- Centro Empresarial Brasil 21
- CEP: 70.316-102
- Telefone: (61) 3202.9922
- Endereço Internet: partidoliberal.org.br
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