O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foi fundado oficialmente em 24 de março de 1966, com o propósito de se opor à ditadura militar e colaborar com o retorno da democracia no Brasil.
A partir das eleições de 1974, o MDB ganhou força e teve um papel decisivo na aprovação da Lei da Anistia, em 1979, e no movimento das Diretas Já, em 1984.
Em 1974, o MDB lançou a candidatura de Ulysses Guimarães à presidência, concorrendo contra o militar Ernesto Geisel. Embora derrotado na eleição presidencial, o MDB obteve uma grande vitória legislativa, ampliando sua bancada para 165 deputados e elegendo a maioria dos parlamentares no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A resposta da ditadura veio rapidamente com o fim do bipartidarismo pelo presidente João Figueiredo. O objetivo era fragmentar a oposição em partidos menores, o que de fato aconteceu, com a criação de legendas como o PP de Tancredo Neves, o PDT de Leonel Brizola e o PT de Lula. A ARENA, partido da ditadura, transformou-se no PDS, enquanto o MDB foi obrigado a adicionar um “P” à sua sigla, tornando-se PMDB.
À medida que a democracia se aproximava, o movimento “Diretas Já” ecoava o desejo popular e foi decisivo para que o Supremo Tribunal Federal (STF) interpretasse que a lei de fidelidade partidária vigente não se aplicava ao Colégio Eleitoral. Assim, Tancredo Neves e José Sarney derrotaram Paulo Maluf e Flávio Marcílio por uma diferença de 300 votos, marcando o retorno de um presidente civil após anos de governo militar.
Com a morte de Tancredo, José Sarney, agora à frente do PMDB, assumiu a missão de conduzir o Brasil de volta à democracia – uma tarefa tão grandiosa quanto o próprio PMDB.
O país precisava de uma nova Constituição, e o PMDB, como de costume, não se esquivou. Em 1986, o partido elegeu 22 dos 23 governadores, consolidou uma bancada de 260 deputados federais e 44 senadores, tornando-se hegemônico no Congresso Nacional. Sob a liderança de Ulysses Guimarães, o PMDB comandou a Assembleia Nacional Constituinte, que deu origem à nova Carta Magna.
Com o fim do regime militar, o Brasil enfrentou novos desafios, e o PMDB manteve seu protagonismo. Durante o impeachment de Fernando Collor, o partido ajudou na transição para o governo do vice-presidente Itamar Franco.
Nos anos seguintes, o PMDB foi um importante aliado nos governos que promoveram inclusão social e melhorias significativas nos indicadores econômicos e de bem-estar da população.
Em 2015, o Brasil voltou às ruas, exigindo mudanças, e o impeachment da presidente Dilma Rousseff levou o vice-presidente Michel Temer à presidência. O país enfrentava uma crise com altos índices de desemprego, inflação e recessão econômica.
Nesse momento, o partido voltou às suas origens, abandonando o “P” que havia sido incorporado durante a ditadura e retornando ao nome que marcou sua história: MDB.
Informações
- Nome: Movimento Democrático Brasileiro
- Sigla: MDB
- Presidente Nacional: Luiz Felipe Baleia Tenuto Rossi
- Endereço: SHIS QL 12, Conjunto 7, Casa 17, Lago Sul, Brasília-DF
- CEP: 71.630-275
- Telefone: (61) 3771-4200
- Endereço Internet: www.mdb.org.brEmail: diretorionacional@mdb.org.br