Datado do século XIX, o Casarão da antiga sede da Fazenda Dona Eugênia está situado no meio da mata do bairro da Coreia, em Nova Iguaçu. Ele pertencia a Maria Eugênia Travassos, viúva de Marinho Boom Travassos. Na época o local era uma fazenda de engenho e utilizava de mãos escravizadas para trabalhar no plantio e manutenção. Hoje o local é preservado e muito utilizado por historiadores para aulas de histórias do Brasil Imperial. A região faz parte do Parque Natural de Nova Iguaçu.
O casarão em si é uma obra-prima arquitetônica, destacando-se por uma característica singular: sua base é feita da rara madeira de tapinhoã, uma espécie que desapareceu do país há mais de um século e meio. Além disso, o edifício ainda mantém suas características originais, com paredes de taipa-de-pilão e alicerce de pedras. Essas características proporcionam um olhar para o passado, permitindo estudar a habilidade artesanal da época.
Segundo alguns historiadores da região, o Casarão é considerado oprédio mais antigo da cidade, que ainda se mantém em pé. No entanto, apesar dos esforços esporádicos para a sua conservação, o casarão encontra-se atualmente em estado de ruína devido à falta de manutenção.

Rio homenageia a antiga dona
Uma curiosidade do local é que o rio que nasce nas proximidades da Cachoeira Véu de Noiva, com 82 metros de altura, leva o nome da antiga proprietária. O rio Dona Eugênia nasce na Serra do Mendanha e deságua no rio Sarapuí, cortando grande parte do município de Mesquita.
O casarão é mais do que apenas uma construção de madeira e pedra; é um elo vivo com o passado de Nova Iguaçu e uma relíquia que transporta os visitantes de volta ao Brasil Imperial. A sua restauração e preservação são essenciais para que as futuras gerações possam saber mais da história que ele contém.
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Uma pena está em ruínas. A prefeitura de Nova Iguaçú não preserva a história da cidade