A contista, revisora e roteirista de um podcast infantil, Hanny Saraiva publicou em 2021, seu primeiro livro para crianças chamado: A Joaninha Asiática e os Duendes Azuis. Ela é moradora de Nova Iguaçu e diz ter se apaixonado pela leitura ainda muito pequena.
Hanny já escreveu outros dois livros voltados para o público juvenil, mas o investimento e os custos foram tirados do próprio bolso. Foram eles: Nephalins Herança dos Anjos e Ana Giovanni o Segredo do Pacto, todos em pouca quantidade, já o livro infantil teve uma tiragem de mil livros.
A Joaninha Asiática e os Duendes Azuis podem ser lidos por crianças antes de completar um ano de idade e está disponível para compra na Amazon. A autora também usa seu Instagram como um canal de venda: @hannysaraiva.
O BRAVA BAIXADA conversou com a autora sobre as dificuldades de ser uma autora da Baixada Fluminense, suas expectativas e o resultado desse projeto voltado para o público infantil.
Entrevista
BRAVA: Hanny, conta pra gente um pouco sobre o livro A Joaninha Asiática e os Duendes Azuis.
HANNY: O livro foi produzido por meio da lei Aldir Blanc. A prefeitura de Nova Iguaçu e a secretaria de cultura foram responsáveis por vários editais que contemplavam diversos artistas locais. Foi uma oportunidade muito grande poder fazer um livro infantil, pois é muito caro de produzir. Eu que fui responsável por toda produção, a ideia do livro já estava latente, mas a gente ilustrou.
BRAVA: Porque infantil?
HANNY: Eu fiz uma experimentação numa praça, distribuindo livros de contos, quem chegou pra pedir livros foi criança, mesmo que elas não tenham o domínio da leitura, elas querem tocar no objeto. A minha ideia com este livro é fazer com que as pessoas tenham acesso a ele. As crianças são leitoras, elas realmente leem. As pessoas falam que o Brasil não lê, mas não leem pq não tem oportunidade de leitura.
BRAVA: Onde podemos encontrar o livro?
HANNY: Um dos requisitos do edital, era fazer parcerias, então fiz uma contraproposta de colocar livros em todas as Unidades Regionais de Governo (URGS) do município de Nova Iguaçu. A partir disso, deixei uma quantidade de livros em cada URG. Também fiz parceria com a Baixada Literária, que é uma rede de bibliotecas comunitárias.
BRAVA: Qual a maior dificuldade, sendo uma autora da Baixada?
HANNY: Acho que o grande desafio é que a gente sempre é um autor independente, então a venda é sempre um problema. As pessoas não estão acostumadas a comprar livros em espaços que não seja a Zona Sul.
BRAVA: O que falta por parte do governo?
HANNY: Eu acho que falta investimento. Tem muita gente produzindo, mas muitas vezes a gente faz o que dá pra fazer, eu inclusive, já tenho vários projetos esperando editais.
BRAVA: E o Podcast?
HANNY: Foi na mesma leva, em um dos editais tinha patrocínio para atividades que envolvesse podcast. Então, surgiu a ideia de criar esse podcast chamado: Histórias para ouvir com árvores, que se passam aqui dentro da Baixada. Uma se passa na Pedreira, outra em Tinguazinho e no Posto 13. São histórias de 20 minutos destinadas a crianças a partir de 4 anos e totalmente gratuitas.
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Este é um universo que me encanta. Adoro ler para crianças! Concordo com Hanny que se incentivamos as crianças desde pequenas, elas crescem com o hábito da leitura, apaixonadas pelas histórias e viagens que os livros nos proporcionam!