O que você estava fazendo quando tinha oito anos de idade? Se essa pergunta fosse feita para Eliza Antonela, de oito anos, e Miguel Vieira Duarte, de nove, a resposta seria fácil: ganhando medalhas e troféus nas modalidades de luta que eles escolheram praticar. Alunos do projeto Aqui tem Esporte, em Duque de Caxias, os dois possuem trajetórias semelhantes: moradores de Santa Cruz da Serra, começaram no esporte estimulados pelos pais, passaram pelo processo de adaptação e hoje são campeões e referência no polo em que treinam.
Treinando há oito meses, Eliza quase seguiu um caminho diferente. Isso porque a mãe, Rafaela Paulino, no início, colocou a jovem para praticar Balé e Kickboxing, mesmo receosa de colocar a filha para praticar algum tipo de luta. Porém, não teve jeito, a jovem atleta não se intimidou, mostrou talento na modalidade e decidiu deixar a dança de lado para se dedicar ao Kickboxing. Hoje coleciona medalhas e deixa a mãe toda orgulhosa.
“Tenho orgulho de ver que ela está fazendo algo que ela gosta e ver que cada dia que passa ela está melhorando e se desenvolvendo cada vez mais”, afirma Rafaela.
Mais “experiente”, Miguel Vieira Duarte já pode ser considerado um veterano no projeto. O jovem pratica jiu-jitsu há cinco anos. No início teve dificuldade de adaptação, mas contou com o apoio do professor Jorge Brito. Agora é um multicampeão e serve de inspiração para quem entra no polo, seja mais novo ou mais velho que o jovem lutador.
“Esse processo de adaptação para criança é o que eu acho mais importante, porque você tem que tentar passar para criança que aquilo ali não é violento, aquilo ali é um esporte que vai fazer bem pro desenvolvimento dele”, explica o professor.
Esporte sim, violência não
O preconceito com esportes de luta ainda é um fator que afasta muitos pais. Professor e atleta do polo, Wolverine busca explicar aos responsáveis que a prática das modalidades é feita com total segurança, sempre utilizando os equipamentos de proteção.
“Por ser um esporte de contato, muitas pessoas geram um pré-conceito, achando que vai ser muito agressivo. Eu sou pai, então eu também teria um cuidado com o meu filho. Só que eu procuro falar como que é a luta em si, porque a criança usa todo o equipamento de proteção: capacete, colete, luva, bucal, caneleira, o que acaba sendo muito confortável para a criança. Então sempre abro a mente dos pais para o esporte e como vai ser as competições”, destaca Wolverine.
Futuro do esporte
Assim como Eliza e Miguel, centenas de outras crianças da Baixada Fluminense possuem potencial para se tornarem campeãs. E aqui no BRAVA BAIXADA você vai poder acompanhar essa geração de novos talentos da região.
Foto: Matheus Santos / Brava Baixada
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Encantada com esse projeto do Vereador Serginho e com os professores que se dedicam a criar novos talentos em nossa cidade.
Parabéns a todos!!!