A movimentação em Nova Iguaçu começou cedo nessa quinta-feira (08/09). Por volta de 15h30, muita gente já se deslocava para o local onde estava marcado o comício do ex-presidente Lula e o trânsito já estava bem congestionado. Como era de se esperar, muita provocação dos Bolsonaristas que circulavam pela região. Os petistas respondiam, mas só ficou nisso. Não teve nenhuma ocorrência de violência, como deve ser.
Lá dentro, um forte esquema de segurança. O que é de se esperar tendo em vista a polarização da eleição. Um ponto negativo foi o local destinado à imprensa. A grua para filmagem ficou bem em frente e dificultou o trabalho de fotógrafos e cinegrafistas. E falando em imprensa, impressionou a quantidade de jornalistas internacionais.
O evento começou dentro da hora combinada. Artistas e representantes da cultura da Baixada Fluminense abriram o comício falando sobre os benefícios que Lula trouxe para a região quando era presidente. Também falaram representantes de sindicatos, da juventude, da reciclagem, de associações de moradores e alguns políticos e candidatos, como Jandira, Enfermeira Rejane, Tarcísio, Talíria Petrone, Benedita, entre outros.
Quando Lula chegou, quem fez as honras da casa foi o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias. Ele listou uma série de ações do ex-presidente para o município, como o asfaltamento de 140 km de vias, duplicação do viaduto da Posse, habitação e a instalação de uma unidade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em Nova Iguaçu.
Quem surpreendeu e apareceu no comício foi a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi bastante aclamada pelo público. Ela também discursou e falou sobre a importância das mulheres na política.
André Ceciliano
Candidato ao Senado e cria da Baixada Fluminense, André Ceciliano foi o único que dividiu a preferência do público. Adversário no campo da esquerda, Molon (PSB) resolveu aparecer no comício e como não pôde subir ao palco, decidiu ficar no meio do pessoal. Uma atitude deselegante, por sinal, tendo em vista que o comício foi organizado pelo PT, que já tem um candidato.
Tirando toda essa situação, Ceciliano foi o que mais falou sobre suas propostas para a Baixada Fluminense. Era esperado, já que sua área de atuação sempre foi a região, que conhece muito bem. Entre suas principais propostas estão terminar as obras do Arco Metropolitano e acabar com a fila do sisreg.
“Seguramente temos mais de 4 milhões de pessoas vivendo aqui na Baixada. E eu tenho orgulho de ter nascido aqui na Baixada, de ter crescido e passado minha juventude. Esse é um povo sofrido e trabalhador. Muitos aqui vieram de lá do nordeste, tentar uma vida melhor no sudeste. Precisamos trazer a esperança para esse povo”, disse André.
Freixo
O discurso de Freixo foi de críticas e acusações ao governo de Cláudio Castro e propostas como geração de emprego e melhorias no transporte público e na saúde. Não teve muita novidade em relação ao que ele já vem falando em sua campanha.
“A Supervia passa por 11 municípios. São 270 km de linha férrea. Esse povo depende muito da Supervia e é um descaso permanente que temos aqui. Nós vamos colocar o Rio de Janeiro de pé”, prometeu.
Lula
Convidado mais aguardado do evento, Lula fez um dos seus discursos inflamados que animou os apoiadores. Porém, pesou a mão em alguns momentos, principalmente quando comparou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a membros da Ku Kux Klan. Fala como essas só reforçam a polarização e causam um clima de maior tensão para a eleição.
O petista aparentava estar bem cansado durante o evento. Normal para um candidato de 76 anos que está em uma rotina de campanha pesada. Durante o seu discurso, mais uma vez, sua voz falhou e em alguns momentos faltou ar. No entanto, nada que pudesse afetar a idolatria do público pelo candidato. Lula pode não ser mais aquele do início dos anos 2000, mas ainda é um político que tem boa retórica e que consegue concentrar a atenção das pessoas enquanto fala.
De propostas, o candidato abordou a questão da geração de emprego e do petróleo brasileiro; a volta do Minha Casa, Minha Vida; os investimentos para a educação, cultura, ciência e tecnologia; entre outras.
Esse foi o primeiro comício de um presidenciável na Baixada Fluminense nesta eleição. O BAIXADA POLÍTICA espera que outros candidatos venham para região expor suas propostas, afinal, hoje a Baixada é uma região estratégica para o desenvolvimento do Rio de Janeiro e merece a atenção dos governantes, sejam eles de qualquer partido.
Acompanhe o BRAVA nas redes sociais (Instagram, Youtube, Facebook, TikTok, X e LinkedIn).
