Centro Integrado de Atendimento à mulher – Baixada é reinaugurado em Nova Iguaçu

Considerado referência em atendimento a mulheres vítimas de violência na Baixada Fluminense, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) – Baixada ganhou novo endereço nessa terça-feira (27/07). Os atendimentos passam a ser realizados na Rua Terezinha Pinto, 297, 3º andar, no Centro de Nova Iguaçu.

A unidade conta com uma equipe multidisciplinar que oferece atendimento social, psicológico e acompanhamento jurídico dos casos denunciados por mulheres vítimas de violência física, moral, patrimonial, psicológica e sexual. O secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Governo do Estado, Matheus Quintal, e a subsecretária de Política para Mulheres, Glória Heloíza, descerraram a placa de reinauguração do novo espaço, juntamente com a secretária municipal de Assistência Social, Elaine Medeiros, e a coordenadora do CIAM-Baixada, Sonia Lopes.

Na casa de três andares, também funcionam o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Intolerância Religiosa (NAVIR), um núcleo da Fundação Leão XIII, o Centro de Cidadania LGBTI+ de Nova Iguaçu, o Núcleo de Atendimento a Familiares de Desaparecidos e Documentação, além do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM).  Todos programas vinculados à SEDSODH.

– No Dia Internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha (celebrado em 25 de julho), falávamos sobre a sensibilidade feminina no que se refere a ações, à empatia. As subsecretarias ligadas à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, na minha gestão, são formada por cinco mulheres e dois homens. Meu trabalho é olho no olho – disse o secretário Matheus Quintal.

Número de atendimentos crescem com a pandemia

Em 2020, ano de início da pandemia, o CIAM – Baixada realizou 2.080 atendimentos, uma alta de 474% em relação a 2019. Para não fechar as portas e seguir atendendo, a equipe precisou reforçar a articulação com a sociedade civil e abrir novos canais.

– Na pandemia este CIAM foi o que mais atendeu em todo o estado. Reinaugurar este centro é um marco para a população da cidade – explica Glória Heloiza, acrescentando que a vítima pode procurar primeiramente o equipamento para receber informações sobre o tipo de violência ao qual fora submetida.

Desempregada e mãe de dois meninos, sendo um de 12 e outro de 4 anos, uma técnica de enfermagem que não quis se identificar e que sofreu violência doméstica por 12 anos destacou a importância do equipamento. Seu ex-companheiro e pai dos seus filhos sofre de esquizofrenia. Atualmente, a vítima conta com medidas protetivas.

– Se não fosse o acompanhamento psicológico, jurídico e social que recebo aqui, não sei o que seria de mim e dos meus filhos. Sou muito grata pelo acolhimento oferecido neste centro. Há momentos que a gente perde o eixo e acha que não tem mais saída. Graças a Deus consegui retomar a minha vida – desabafou a vítima de violência doméstica.

Este ano, o Centro de Atendimento da Mulher na Baixada já realizou 2.526 atendimentos a mulheres vítimas de violência entre janeiro e maio. 

Em todo o estado do Rio, a rede de Centros de Atendimento da Mulher registrou 4.031 atendimentos em 2021 até maio. Ao todo, são oito Centros de Atendimento e mais um equipamento móvel, o Ônibus Lilás. Em junho, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos inaugurou mais um equipamento no estado, a Casa do Direito da Mulher Daniella Perez, em parceria com a prefeitura de Miguel Pereira.

Também estiveram presentes à solenidade, secretária municipal de Assistência Social de Nova Iguaçu, Elaine Medeiros, o juiz Octavio Chagas de Araújo Teixeira, que é diretor-presidente da 3ª Seção Regional da AMAERJ, em Nova Iguaçu.

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