A Catedral de Santo Antônio é um dos mais emblemáticos edifícios religiosos da Baixada Fluminense, deixando uma forte impressão na memória de muitos, sobretudo nos residentes e católicos de Duque de Caxias. Embora muitas dessas recordações tenham desaparecido com o passar dos anos, Maria Conceição Lopes, uma assistente social que passou grande parte de sua infância, adolescência e juventude na catedral, decidiu coletar essas lembranças e transformá-las em um livro.
Após uma conversa inspiradora com um líder religioso, ela foi convencida a compartilhar a história da catedral. Desde então, tem se dedicado incansavelmente a reunir informações e depoimentos de pessoas que, como ela, vivenciaram momentos especiais na catedral.
O lançamento do livro está previsto para o próximo ano, e a equipe que a auxiliará nessa missão já está formada. Conceição convidou a historiadora Tânia Amaro e a restauradora Elaine Gusmão para participarem do projeto.
Tânia é católica e diretora do Instituto Histórico de Duque de Caxias. Ela será responsável por reunir toda a riqueza histórica da catedral, combinando-a com uma narrativa envolvente e elementos visuais que ajudarão a compreender tanto o passado quanto o presente.
“Foi uma honra receber esse convite, não apenas pelo aspecto emocional, mas também pelo reconhecimento do nosso trabalho em preservar a história da nossa cidade”, destacou Tânia.
Elaine Gusmão, encarregada da restauração da imagem de Santo Antônio que está na parede do salão da catedral, ficará responsável pela parte iconográfica, explicando o significado das imagens e seu papel na história deste universo.
“O convite veio devido à minha linha de pesquisa, focada na arte sacra, geografia e iconografia dos santos, tanto mariana quanto critológica, onde descrevemos e interpretamos as imagens”, explicou Elaine.
O livro também contará com depoimentos de pessoas que buscaram conforto e paz junto a Santo Antônio. A catedral, quebrando barreiras, é reconhecida por ser um refúgio escolhido por pessoas de diferentes crenças; os frequentadores vêm de várias partes, tanto dentro como fora da Baixada.
“Meu objetivo com essa obra é restaurar vidas; pretendo que, ao ler este livro, as pessoas se sintam vivas e conscientes de que fazem parte de uma história. Não existe ‘não fazer’. Toda nossa vida é parte de uma história”, destaca Conceição.
Embora Santo Antônio tenha sido consagrado como padroeiro da cidade de Duque de Caxias, só em 1970, após uma deliberação do então prefeito Moacyr Rodrigues do Carmo, todo dia 13 de junho é celebrado como feriado. Além dos seis dias de festividades na cidade, a igreja abre suas portas para distribuir o famoso pão de Santo Antônio e acolher os fiéis que desejam professar sua fé.
Entrevista completa
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Emocionada com essa entrevista!
Sou nascida e criada em Duque de Caxias, minha adolescência está completamente ligada aos movimentos jovens da Paróquia N.S. de Fátima e Igreja Santo Antônio.
Quanta lembrança boa … gratidão!
Gostaria de ter notícias de Frei Jorge da Paz, nos anos 70 era meu orientador espiritual, quando fiz Minha Primeira Eucaristia, e desde então não soube mais dele pois mudei do RJ para o ES