Ela já nasceu com nome de artista e encontrou sua alma de escritora ainda no ensino fundamental. Na luta contra o bullying, ela escreveu seu primeiro livro, mas não parou por aí. Morando com a sua família em Engenheiro Pedreira, bairro da cidade de Japeri, ela já lançou dois livros e ainda se formou em Logística. Seu nome é Lana Estrela, tem 24 anos e, além de uma romancista nata, ela também canta e compõe músicas religiosas.
Lana lançou seus livros na plataforma wattpad e, após feedbacks positivos, decidiu vendê-los na forma física. O evento de lançamento do seu primeiro livro, “Tribo, A Sociedade Secreta”, foi em 2018, justamente na Escola Municipal Duque de Caxias, onde ela foi alfabetizada e começou a gostar da leitura. Hoje ele se encontra em hiato, aguardando um novo contrato com a editora.
O segundo livro da autora japeriense apresenta uma história totalmente diferente, seu nome é “Belas Poesias e outras coisas Más”. É um livro recheado de poemas e sentimentos. Ele está disponível somente em PDF e a escritora vende pelo o seu instagram: lanaestrelaofc.
Em entrevista ao BRAVA, Lana contou um pouco sobre a sua vida, dificuldades enfrentadas no seu processo de escrita, seus livros e como ela concilia suas facetas com a vida cristã.
Entrevista com Lana Estrela
BRAVA: Lana, quando você percebeu que gostava de ler e escrever?
LANA: Quando eu era bem novinha, no Colégio Municipal de Duque de Caxias, tinha uma professora que fomentava muito a leitura de todos os alunos, mas eu sempre tentava ser a primeira a terminar o dever para dar tempo de ler e isso sempre foi aguçando a vontade de escrever também.
BRAVA: Qual foi o primeiro livro que você escreveu?
LANA: O primeiro foi a “A garota do aparelho” por causa do bullying que eu sofria na escola, mas acabei perdendo todo o material numa enchente. Mas o primeiro livro lançado é o “Tribo, A Sociedade Secreta”, meu primogênito, meu orgulho. Ele veio de sonhos que eu tinha quando eu ainda era criança e eram sonhos bem bizarros, as pessoas até falavam pra minha mãe que eu precisava de tratamento psicológico, porque eram muito estranhos os sonhos que eu tinha”
BRAVA: E o segundo?
LANA: Eu estava saindo de um relacionamento abusivo e de uma dependência emocional muito forte, cheguei a pesar 39 kg e a minha forma de desabafar era a escrita. Então este livro surgiu dessa necessidade de desabafar essa dor e todo esse processo de me reconhecer.
BRAVA: Quais foram as suas dificuldades?
LANA: Em primeiro lugar foi a financeira, porque não poder bancar um projeto numa editora que vai te impulsionar, te colocar nas grandes livrarias, isso era algo que me entristecia como escritora. Outra dificuldade que eu tive foi aqui em Japeri mesmo, porque poucas pessoas acreditavam no que vinha daqui.
BRAVA: Você teve algum tipo de ajuda?
LANA: A minha mãe é a minha grande apoiadora, ela foi a primeira leitora de “Tribo”. A minha irmã também. Tinham pessoas que liam na plataforma wattpad e eu agradeço cada uma delas nos agradecimentos do livro.
BRAVA: Tem algo ou alguém que te inspira?
LANA: Hoje, a minha maior fonte de inspiração para os textos que tenho feito são críticas sociais. Hoje em dia meu noivo também é uma grande inspiração, eu falo muito sobre experiências passadas, tem inspiração espiritual também, falo muito de Deus, gosto muito de falar da minha relação com ele.
BRAVA: E o que te faz feliz além de escrever?
LANA: Em primeiro lugar é estar em paz com Deus, porque quando eu tô em paz com Deus, eu estou em paz com o restante das coisas. E me faz feliz ver Japeri florescer, porque eu não faço isso só por mim, eu trago outros escritores japeriense comigo. Então ver Japeri florescer é a segunda coisa que mais me faz feliz.
BRAVA: Como é a sua relação com Deus?
LANA: Eu não costumo separar a vida artística com a vida cristã, tudo pra mim é uma coisa só, Deus está incluso em tudo que eu faço mesmo nas obras que não tem o teor cristão. Deus é tudo. A minha história de vida na verdade, é muito complicada, não foi só um relacionamento abusivo, eu passei por diversas coisas que se não fosse Deus na minha vida, me dando maneiras de desaguar toda essa dor, eu acredito que eu não estaria aqui.
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Adorei conhecer Lana e sua história de vida. Tão jovem e tão clara nos seus valores, nos seus quereres.
Feliz em ver essa entrevista!
Que Japeri possa incentivar mais e mais autores, artistas, cantores, artesãos, pintores e a diversidade cultural produzida na cidade.