No Brasil, a violência contra a mulher atingiu altos índices no ano passado. Em 2022, 28,9% (18,6 milhões) de mulheres relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência ou agressão, segundo a pesquisa “Visível e Invisível – a Vitimização de Mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha, divulgada no dia 02 de março.
Em Duque de Caxias, o Departamento dos Direitos da Mulher é um organismo de políticas para mulheres vítimas de qualquer tipo de violência. Ele engloba e administra o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) e o CR Homem (Centro de Referência do Homem).
Cláudia de Farias Braga de Abreu é diretora do órgão e tem a responsabilidade de coordenar esses equipamentos voltados para a proteção e assistência da mulher, que contam com o apoio da subsecretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Aline Ferreira, na busca por parcerias com empresas privadas.
“Ela é uma pessoa que nos apoia em tudo, quando a gente precisa, já que não temos verba federal. Ela busca parcerias com empresas, com os shoppings e todos os lugares que ele pode buscar parcerias. Por isso, sou grata pelos seus esforços e desempenho”, explica Cláudia..

Em entrevista ao BRAVA BAIXADA, a diretora explicou como funciona o CEAM e o CR Homem.
BRAVA BAIXADA: Em que momento uma mulher procura um Ceam ou a Casa da Mulher Caxiense?
Cláudia Braga: Geralmente elas vêm por vontade própria, porque sofre ou sofreu algum tipo de violência, seja física, moral, qualquer uma. Na maioria das vezes não foi a primeira vez que ela foi agredida.
BB: Cláudia, quais são os tipos de assistência oferecidas no Ceam e no CR Homem?
Cláudia: O CEAM e Casa da Mulher Caxiense tem por objetivo acolher e entender as mulheres em situação de violência doméstica. Eles possuem uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistente social, assistente jurídico, que faz todo esse atendimento e busca entender a necessidade dessa mulher. Após isso, se for preciso, ela é encaminhada para os serviços do governo como o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social e o CREAS ( Centro de Referência Especializado da Assistência Social). O trabalho deles é instruir todo e qualquer atendimento necessário para essa mulher e sua família. Também encaminhamos ela junto a uma técnica até uma DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) para dar queixa do seu agressor e geralmente, a delegacia devolve para o CEAM para que ela seja direcionada para as nossas técnicas e para os programas do governo.
Já o CR Homem só trabalha com o autor da violência. Ele trabalha a responsabilização social do homem. Após ele passar por toda aquela parte jurídica, depois que ele já recebeu a medida protetiva, o CR Homem o recebe. A partir daí, além de direcioná-lo para um psicólogo, para um assistente social, ele faz um trabalho de reflexão com esse homem, ele passa por uma roda que nós chamamos de roda da reflexão, onde ele pensa sobre o seu comportamento, sua educação, toda a parte necessária para que ele entenda que ele é agressor.
BB: O programa oferece ajuda de custo para a mulher?
Cláudia: Não, só na área técnica e jurídica. O que nós fazemos é dar todo apoio através dos nossos parceiros, que são as defensorias, promotorias, delegacias, especialistas, técnicos, entre outros.
BB: Qual é o número de mulheres e homens assistidos hoje?
Cláudia: O total de mulheres que receberam assistência e atendimento em 2022 é de 3.059 e o total de homens assistidos no ano passado é de 2.185.

Endereços:
Casa da Mulher Caxiense
- Alameda Rui Barbosa, sn, quadra 17, Lote 08 – Jardim Primavera.
- Tel: 2773-1896
- E-mail: casadamulhercaxiense@gmail.com
Ceam
- Rua Marechal Floriano, 555, Jardim 25 de Agosto
- Tel: 2653-2546
- E-mail: ceamveraluciapereira@gmail.com
CR Homem:
- Av. Jornalista Moacir Padilha, s/n – Jardim Primavera
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