A campanha do agora presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) bem que tentou, mas não conseguiu reverter, neste segundo turno, a força do bolsonarismo na Baixada Fluminense. Assim como no primeiro turno, o candidato petista perdeu nos 13 municípios da região e viu o adversário aumentar consideravelmente a diferença. Enquanto Bolsonaro teve 131.188 votos a mais, Lula só cresceu 37.431.
A maior aposta de Lula era em Belford Roxo. A campanha do petista apostava que com o apoio do prefeito Waguinho (UB) e da deputada federal Daniela do Waguinho (UB) pudesse reverter a situação. Porém, só teve quase 5 mil votos a mais do que no primeiro turno. Enquanto isso, Bolsonaro conseguiu crescer 18 mil votos.
Em nenhum dos 13 municípios da Baixada, Lula conseguiu crescer mais do que Bolsonaro quando comparados os dados dos dois turnos. O que mais chegou perto foi em Paracambi, terra de um dos seus principais cabos eleitorais, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT).
Lula terá a difícil missão de recuperar o prestígio na região, que mostra ser um dos fortes redutos bolsonaristas do estado. Ao que tudo indica a porta de entrada para essa mudança será Belford Roxo. O prefeito Waguinho caiu nas graças do presidente eleito e deve receber grandes investimentos nos próximos dois anos.
Em Nova Iguaçu, segundo maior colégio eleitoral da região, o prefeito Rogério Lisboa (PL) já fez um aceno ao novo governo ao parabenizá-lo nas redes sociais. É uma forma de abrir um diálogo com o presidente eleito, tendo em vista que no segundo turno Lisboa apoiou Bolsonaro.
A partir de 1º de Janeiro de 2023 vamos acompanhar a movimentação presidencial na região. Novas peças entram no tabuleiro e a tendência é o jogo mudar de cara. Com a eleição municipal de 2024 batendo à porta, não vai faltar assunto nos próximos dois anos. A conferir.