Japeri na luta contra violência às mulheres

A Sala Lilás, destinada às vítimas de violência doméstica, foi inaugurada em Japeri no dia 26 de Agosto e já atendeu 17 mulheres em menos de um mês de funcionamento. Esse é um dado que está dentro da média da quantidade de medidas restritivas que são emitidas, de 15 a 20, segundo os policiais da Patrulha Maria da Penha

Levando-se em conta que 92% dos atendimentos do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) são por casos de violência, a união de forças em prol do assunto é tratado como primordial para a obtenção de resultados positivos para as vítimas.  

De acordo com a subsecretária de Atenção à Saúde, Tatiana Soares da Silva, o primeiro atendimento na Sala Lilás, que fica na Policlínica Itália Franco (PIF), ocorreu após palestra em que compareceram representantes da delegacia de mulheres, do CEAM, de ONGs e da Vigilância em Violências e Acidentes (Viva). Para a surpresa de todos, uma pessoa que assistia a palestra os procurou para o primeiro atendimento.

“No momento em que pensei em fazer algo relacionado a esse tema, não imaginei que chegaríamos nesse potencial de acolhimento. É uma satisfação conseguir dar o máximo de conforto para as mulheres que já sofreram muito tempo e por vezes sozinhas. Meu maior objetivo é incentivar denúncias de agressão e cuidar das vítimas”, disse Tatiana.

Para a coordenadora do CEAM, Regiane Ribeiro, as mulheres buscam a saúde como a primeira porta de entrada por conta das agressões físicas. 

“Saber que existe uma Sala Lilás no município ajuda muito o trabalho do CEAM.  É mais uma rede de encaminhamento para essa mulher, que talvez não chegaria até o nosso equipamento por desconhecer a sua existência”, contou.

Foto: Divulgação / PMJ

Ela disse ainda que à medida que o município amplia os meios de enfrentamento à violência, os casos vão aparecendo. Segundo Regiane, o CEAM tem um gráfico de denúncias por bairros, mas que acabam não refletindo a realidade. Por exemplo, Mucajá e Citrópolis apresentam 12% de denúncias, por serem próximo a instituição, já o Guandu e Santa Amélia, aparecem apenas com 1% cada. 

“E isso não é por falta de casos e sim que estes casos não chegam às instituições protetoras responsáveis”, analisou.

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