Prefeitura de Caxias inicia projeto para diagnóstico precoce de retinoblastoma

Foto: Reprodução / PMDC

O depoimento do apresentador Tiago Leifert sobre a doença da filha jogou luz sobre um assunto pouco conhecido por pais, mães e responsáveis: o retinoblastoma. Em Duque de Caxias, a prefeitura lançou o programa “Olhares Infantis contra o Retinoblastoma”, que leva médicos oftalmologistas às creches municipais para examinar e diagnosticar crianças. A primeira unidade contemplada foi a Creche e Pré-Escola Municipal Graciesse Luiza Silva Lourenço, no bairro Laureano, que atende 212 crianças com idades entre 1 e 3 anos. 

Diante do caso da filha do Tiago Leifert, vimos um aumento na procura por parte dos pais em marcar consulta de oftalmologia para seus filhos. Então, junto com a Secretaria de Educação, organizamos uma agenda para passar por todas as escolas municipais. Nessa primeira fase, estamos atendendo as crianças de 1 a 3 anos, uma média de 3 mil alunos. Algumas crianças quando não identificada a patologia cedo, podem ocorrer casos mais graves, ocasionando dificuldades de aprendizagem.

Daniel Puertas, secretário municipal de Saúde

A administração municipal alerta que para a realização do Teste do Olhinho na unidade escolar é necessária a presença do responsável pela criança ou a entrega prévia à direção da unidade de documento de autorização preenchido e assinado.

A adesão dos pais está sendo extraordinária. Muitos não sabiam como procurar, marcar consulta, então essa parceria com a Secretaria de Saúde veio na melhor hora possível. Começamos com as creches, mas o nosso objetivo é atingir todos os alunos da nossa rede para diagnosticar o mais rápido possível e ter um tratamento precoce, tendo a chance da cura.

Profª Roseli Duarte, secretária municipal de Educação

O que é o retinoblastoma?

O retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular, mais comum em crianças, chegando a cerca de 400 casos por ano. São três tipos: unilateral (afeta um olho), bilateral (afeta os dois olhos) e trilateral ou tumor neuroectodérmico primitivo (quando um tumor associado se forma nas células nervosas primitivas do cérebro).

A doença é diagnosticada por meio do Teste do Olhinho, que deve ser feito após o nascimento e repetido com frequência até os cinco anos. O exame é disponibilizado pelo SUS.

O tratamento vai depender do tamanho do tumor. Os menores podem ser tratados com laserterapia e crioterapia, que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Daí a importância do diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, pode haver a necessidade de retirada do olho (enucleação) e a criança pode precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.

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