Beija-flor de Nilópolis

História

A Beija-Flor de Nilópolis nasceu como um bloco carnavalesco em 25 de dezembro de 1948, fundado por um grupo de amigos formado por Milton de Oliveira (Negão da Cuíca) e Edson Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), que se reuniu para reviver a folia após a extinção de outros blocos locais. Em pouco tempo, o bloco conquistou seu espaço, vencendo campeonatos municipais até 1953, quando decidiu se transformar em escola de samba e ingressar oficialmente nos desfiles do Rio de Janeiro, tornando-se uma referência no segundo grupo carioca.

A escola ganhou notoriedade sob a liderança de Nelson David, eleito presidente em 1972, e, posteriormente, com a chegada de Joãozinho Trinta como carnavalesco em 1976. Joãozinho trouxe inovações impactantes, como o enredo “Ratos e urubus, larguem a minha fantasia” em 1989, onde polemizou ao desfilar com uma alegoria coberta de lixo, provocando reações do público e da mídia. Esses desfiles marcantes, mesmo quando não resultaram em vitórias, consolidaram a Beija-Flor como uma das escolas mais influentes e admiradas do carnaval carioca.

Nos anos 2000, a Beija-Flor continuou a acumular títulos e se manteve nas primeiras colocações, com destaque para o tricampeonato de 2003 a 2005. Em 2011, homenageou o cantor Roberto Carlos, e, em 2015, foi campeã com um enredo sobre a Guiné Equatorial. Em cada desfile, a escola reafirma seu papel no carnaval brasileiro com uma trajetória de ousadia, inovação e histórias que celebram culturas diversas.

Títulos

Carnaval 2025

Ficha técnica

Nome da escola: G.R.E.S. BEIJA FLOR DE NILÓPOLIS
Cores: Azul e Branco
Símbolo: Beija-Flor
Data de fundação: 25/12/1948
Quadra: Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025 – Nilópolis 
Presidente: Almir Reis
Presidente de Honra: Aniz Abrahão David
Vice-presidente: 
Carnavalesco: João Vitor Araújo
Diretor de Carnaval: Marquinho Marino
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
Mestres de Bateria: Rodney e Plínio
Rainha de Bateria: Lorena Raissa
1º Casal de Mestre Sala e Porta-Bandeira: Claudinho e Selminha Sorriso
Comissão de Frente: Jorge Teixeira e Saulo Finelon
Diretor de Harmonia:
Diretor de Barracão:
Diretor de Passistas:
Presidente da Velha Guarda:

Enredo & Samba

Enredo 2025: “Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas”

Compositores: Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena.

Letra:

Kaô meu velho!
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traga os ventos de Oyá
Agô meu mestre
Sua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar

Desce o morro de Oyó
Benedito e catimbó
O Alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a Cigana Puerê
Meu Exu
De copo no palco, a nota certeira
Regeu o sagrado toda quinta-feira

O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra reza

Vencer o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir, sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama joão pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade

Óh Jakutá… O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão obá, dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-flor
Terreiro de Laíla meu griô

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